O diálogo deve ser uma metodologia consistente na empresa




No ambiente corporativo, ainda é comum associar a comunicação exclusivamente à clareza, ao domínio do vocabulário ou à precisão técnica. No entanto, a conexão eficaz vai muito além das palavras, envolve inclusão, escuta ativa e a capacidade de transformar percepções em prática. Cada interação é um espaço de construção de significado e de sensação, que devem carregar energia, intenção e consequência.

O diálogo deve ser uma metodologia consistente, deixando evidente que cada voz importa. A verdadeira comunicação para resultados sustentáveis envolve entender, traduzir e incorporar as ideias das equipes à cultura da empresa, gerando práticas imediatas e coerentes com aquilo que os próprios colaboradores ajudaram a construir. Não basta apenas ouvir as pessoas, é preciso envolvê-las no projeto e seguir para ações.

A expressão verbal deve ser vista como uma competência relacional, e não apenas técnica. A forma como um líder olha, o tom que utiliza, como acolhe uma dúvida ou responde a uma crítica definem se a mensagem será recebida com confiança ou resistência. A habilidade de se expressar é um instrumento de influência que se bem utilizada, gera pertencimento, entendimento e motivação, porém quando é negligenciada, produz ruídos, insegurança e desconexão.

A comunicação emocionalmente inteligente fortalece vínculos e conexão, ao trazer consciência para o modo de se expressar, o profissional aumenta a capacidade de inspirar, ensinar e obter colaboração genuína. As pessoas precisam se perguntar: “qual impacto quero deixar após essa conversa?”. Em ambientes empresariais, onde pressões, metas e velocidade podem endurecer as interações, essa pergunta se torna um antídoto contra uma conversa automática e brusca.

Além disso, a eficácia da interação depende da congruência, não adianta escolher palavras suaves se o comportamento transmite impaciência. O alinhamento entre discurso, gesto e postura cria a integridade necessária para que a mensagem seja percebida com veracidade. É essa coerência que gera segurança psicológica e constrói relações capazes de sustentar equipes de alta performance e resultados sustentáveis.

Os líderes que aprendem a fazer o outro se sentir valorizado, visto e acolhido tornam-se agentes multiplicadores de cultura. Com isso, conseguem transformar o ambiente ao empoderar os colaboradores. Uma interação que desperta o melhor do outro cria organizações mais humanas e prósperas, onde resultados são consequência direta da qualidade das relações. Portanto, comunicar não é apenas transmitir ideias, é gerar valor, continuidade e resultados sólidos ao longo do tempo.
                           

Fonte: Surama Jurdi - especialista em varejo, experiência do consumidor e liderança disruptiva. Palestrante internacional e mentora. Fundadora da Surama Jurdi Academy.