A tese da autora e ativista americana Jane Jacobs (2016-2006), com o seu livro Morte e Vida de Grandes Cidades Americanas, na década de 60, e a filosofia do arquiteto dinamarquês Jan Gehl, que se tornaram famosos por vincular o planejamento urbano à escala humana, ganham força no Brasil.
O chamado Urbanismo Afetivo, por especialistas, tem mobilizado no Brasil as pessoas a migrarem cada vez mais de grandes centros urbanos para locais menores e que estimulem a convivência em família, com a comunidade e o contato com a natureza.
O litoral de Santa Catarina é um fenômeno pela alta procura de pessoas de todo o país por mais qualidade de vida e que reflete na alta valorização imobiliária: a região tem 4 cidades entre as top 5 do Brasil no valor do metro quadrado (FieZap).
O olhar, porém, tem se voltado às regiões periféricas destes polos como a cidade de Tijucas (SC), que foi apontada pelo IBGE como o município do Vale do Rio Tijucas que mais cresceu percentualmente no último Censo, reflexo da migração acelerada de moradores e proximidade com centros como a capital Florianópolis e destinos famosos como Itapema e Balneário Camboriú.
A população atual do município já se aproxima de 59 mil habitantes (estimativa 2025), e cresce a demanda por novos projetos urbanísticos. O crescimento populacional, atrelado a um PIB per capita de R$ 61,1 mil (valor superior à média estadual), também cria um ambiente de alta liquidez e segurança para investimentos.
O projeto Rio Parque, novo bairro-parque da região, que tem previsão de ser lançado ainda este ano, é um dos mais aguardados e recebe um investimento em torno de R$ 50 milhões. Ele é baseado nessa tese que prioriza o “senso de comunidade". A projeção é de 30% de retorno sobre os terrenos nos 24 meses iniciais, em função do modelo de urbanismo, da qualidade do planejamento e da localização estratégica.
Desenvolvido pela Novo Ambiente Urbanismo, terá 460 mil metros quadrados e 700 lotes (residenciais, comerciais e para incorporação).
O investimento na qualidade urbana é o novo diferencial competitivo: O urbanismo afetivo cria vínculos duradouros. Quando o projeto oferece espaços de convivência genuína e respeita a história do lugar, ele passa a ser um ativo de valor que transcende a metragem.
A execução do projeto será feita em duas etapas, com previsão de conclusão total até meados de 2030, e consolida um novo modelo de desenvolvimento para o crescente litoral catarinense.
Fonte: Ricardo Laus - especialista no setor e fundador da Novo Ambiente Urbanismo
