Comitê de Política Monetária manteve a taxa em 15% ao ano




O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 15% ao ano. E o comunicado que acompanhou a decisão da autoridade monetária manteve um tom cauteloso, não indicando assim o início do ciclo de cortes de juros. Tanto a decisão quanto o comunicado trazem implicações para a renda fixa. E diante do atual cenário, o que o investidor deve fazer?

Três dicas para o investidor:

- Ler com atenção a ata do Copom, que será divulgada na próxima semana pelo Banco Central,

- Acompanhar de perto alguns indicadores econômicos específicos.

- Diversificar dentro da renda fixa.

De olho no Banco Central:

Vale observar a ata do Copom, que vai explicar um pouquinho melhor o que foi discutido na reunião, inclusive tentar a partir dali mensurar quais são os próximos passos do Banco Central. Mas mais importante do que isso é observar a evolução dos dados econômicos, principalmente de conjuntura econômica e atividade do mercado de trabalho para realmente saber se a economia vem mostrando mesmo sinais de enfraquecimento, o que abriria espaço para um corte de juros.

O que a inflação diz para o investidor:

É preciso acompanhar a evolução dos indicadores de inflação. Se os próximos IPCA, IPCA-15, IGPM continuarem demonstrando sinais de enfraquecimento, sinais de que essa inflação pode rodar um pouquinho mais baixa, isso aumentaria também a probabilidade de o Banco Central pensar em um eventual corte de juros. Trazendo para o dia a dia da renda fixa, por mais que a gente ainda tem um desafio bastante relevante, aparentemente o ano que vem tende a ser um ano de de corte de juros.

Diversifique na renda fixa:

É legal prezar pela diversificação na renda fixa, mas começar a olhar para outras exposições, outros indicadores além do CDI. Olhar para títulos atrelados a inflação que seguem entregando um nível de juro real bastante elevado. Talvez ter um posicionamento tático em pré-fixados que se beneficiam de um ciclo de corte de juros que começa a ser discutido.



Fonte: Rafael Sueishi - head de renda fixa da Manchester Investimentos.