Redução das emissões de CO₂ globais visa mitigar o aquecimento global




O aumento das temperaturas e os fenômenos climáticos mais intensos e constantes são consequências visíveis das mudanças climáticas.  

O Acordo de Paris foi assinado por 196 países e completou dez anos em 2025, tendo os EUA como único país a se ausentar do compromisso. Ele prevê limitar o aquecimento global a 1,5°C. Isso exige que as emissões de CO₂ globais caiam 45% em relação aos níveis de 2010 até 2030 e continuem caindo drasticamente para atingir emissões líquidas zero até 2050.

Os efeitos da mudança climática já podem ser sentidos através de fenômenos climáticos extremos se tornando cada vez mais frequentes.

O desenvolvimento sustentável é uma agenda universal que visa construir um mundo melhor. Todos os países estão testemunhando os sérios impactos das mudanças climáticas, que provocam danos na diversidade biológica do planeta e na vida das pessoas.

As emissões dos países em desenvolvimento aumentaram 43,2% entre 2000 e 2013. Esse aumento é amplamente atribuído ao aumento da industrialização e à elevação da produção econômica medida em termos de PIB.

O Brasil enfrentou secas severas na bacia do rio Amazonas em 2023 e 2024, quando rios atingiram os níveis mais baixos registrados em 120 anos. O WWA descobriu que a seca sofrida pela agricultura da região amazônica entre junho e novembro de 2023 foi 30 vezes mais provável devido às mudanças climáticas.

A cientista do clima Fredi Otto, cofundadora do WWA, mostrou preocupação com o país ao afirmar que “se continuarmos queimando petróleo, gás e carvão, muito em breve atingiremos 2°C de aquecimento e veremos secas semelhantes na Amazônia aproximadamente uma vez a cada 13 anos”.

O Banco Central do Brasil, sob a tutela do Conselho Monetário Nacional (CMN), vem aprimorando instrumentos para a análise e o monitoramento dos riscos sociais, ambiental e climático (RSAC), fortalecendo a Agenda BC# no pilar Sustentabilidade, em convergência com o art. 192 da Constituição Federal.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), por sua vez, avança ao regulamentar a integração de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade nos relatórios consolidados das empresas de capital aberto.

O Brasil se destaca como uma nação com potencial singular para contribuir com a agenda climática global, com marcante capacidade de integrar crescimento econômico e responsabilidade ambiental. Com uma matriz energética única, tecnologias avançadas e recursos naturais abundantes, o país tem todas as condições para liderar a agenda climática global.


Fonte: Vininha F. Carvalho - jornalista, ambientalista, economista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.