O turismo religioso no Brasil acaba de conquistar um avanço histórico. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, em caráter conclusivo, o Projeto de Lei nº 2.437/22, que assegura tratamento isonômico a todas as crenças nas políticas públicas voltadas ao setor.
A medida visa garantir que nenhuma religião seja favorecida em detrimento de outras, promovendo a neutralidade estatal no apoio ao turismo de fé e reconhecendo o valor cultural, social e econômico de todas as manifestações religiosas.Para destinos como o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, a nova legislação amplia o reconhecimento de um perfil de viajante que sempre esteve presente, mas nem sempre foi valorizado. Embora o monumento não seja oficialmente considerado um destino religioso, continua sendo um dos principais atrativos para cristãos de todo o mundo.
Segundo dados citados pelo autor do projeto, deputado Roberto Alves (Republicanos-SP), o turismo religioso movimenta mais de R$ 15 bilhões por ano no Brasil. Só nos primeiros meses de 2025, a agência carioca Pineapples, especializada em aluguel por temporada e roteiros turísticos no Rio, comercializou mais de 50 pacotes com visita ao Cristo Redentor.
Destaco que o projeto representa um avanço necessário na forma como o turismo de fé é tratado no país. Mesmo sem a chancela oficial de destino religioso, o Cristo Redentor é uma das experiências mais procuradas por viajantes cristãos do Brasil e do mundo. ]
A legislação vem para reconhecer essa dimensão espiritual do turismo e garantir que políticas públicas sejam mais justas e inclusivas, respeitando todas as crenças. Isso impulsiona não só a economia local, mas também o fortalecimento cultural e simbólico desses destinos.