O governo anunciou de forma surpreendente um aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para diversas operações de crédito destinadas às empresas, medida que entrou em vigor no dia seguinte ao anúncio. A iniciativa integra um pacote voltado para ampliar a arrecadação tributária e controlar o déficit das contas pú
Além disso, o governo havia anunciado aumento do IOF para câmbio e remessas ao exterior feitas por pessoas físicas, de 1,1% para 3,5%, e para operações em fundos internacionais. Porém, diante da forte repercussão negativa, parte dessas medidas foi revogada ainda no mesmo dia.As mudanças prometiam elevar, significativamente, o custo do crédito no país. O acréscimo pode ultrapassar 5 pontos percentuais no custo total de linhas de crédito com prazo médio de 2,5 anos.
Setores como varejo, que dependem intensamente do adiantamento de recebíveis e do risco sacado, serão particularmente impactados. Distribuidoras de combustíveis, que operam com financiamentos expressivos, também devem enfrentar aumento nos custos operacionais. O setor alimentício, por sua vez, pode sentir efeitos diretos nos resultados financeiros devido ao aumento do custo do capital.
Enquanto grandes empresas ainda conseguem recorrer ao mercado de capitais, pequenas e médias empresas terão menos alternativas, sentindo o impacto de forma mais intensa.
O governo precisa aprimorar o planejamento financeiro, evitando a criação de novos impostos que elevam a carga tributária e afetam empresas, empreendedores e o consumidor final. A expectativa é que, até a próxima segunda-feira (9), sejam anunciadas novas medidas, possivelmente incluindo cortes em isenções fiscais, o que tem gerado apreensão no mercado e entre contribuintes, que ainda não sabem quais serão os próximos impactos no ambiente de negócios.
Diante desse cenário, é fundamental que as empresas revisem suas estratégias financeiras e adotem soluções inteligentes para conter o aumento do custo do crédito.