Como solucionar a falta de talentos em TI no Brasil?




É cada vez mais evidente que o mercado de tecnologia no Brasil vive um paradoxo. De um lado, a transformação digital avança de forma acelerada, impulsionando empresas de todos os setores. De outro, esbarramos em um problema estrutural que parece longe de ser resolvido: a falta crônica de profissionais de tecnologia.Os números falam por si. 

Segundo a Brasscom, formamos cerca de 53 mil profissionais de TI por ano, enquanto a demanda ultrapassa 159 mil vagas anuais. Esse gap não impacta só startups e empresas nativas digitais, mas também grandes indústrias, varejistas, bancos e até o setor público, todos em busca de acelerar suas jornadas digitais.

Diante desse quadro, uma solução tem ganhado cada vez mais espaço nas estratégias corporativas: o outsourcing de TI. É a contratação de serviços e profissionais especializados, que atuam de forma totalmente integrada aos times internos das empresas, com a missão de acelerar entregas, reduzir custos e elevar a qualidade das soluções tecnológicas.

- E por que falar de outsourcing faz tanto sentido agora?

A resposta está na velocidade. O outsourcing de TI permite às empresas expandirem suas operações com rapidez e eficiência, sem renunciar à qualidade e à agilidade, dois ativos essenciais para se manterem competitivas.

Não se trata apenas de contratar desenvolvedores ou analistas temporários. O modelo vai muito além. Ele entrega squads completos, preparados, com profissionais atualizados nas principais tecnologias do mercado, além de garantir metodologias ágeis e governança alinhada às boas práticas, o que inclui, por exemplo, conformidade com normas como a LGPD.

Os dados reforçam a efetividade do modelo. Um estudo da McKinsey mostra que empresas que operam com times dedicados via outsourcing aumentam sua produtividade em até 20%. Já a Statista aponta que o time to market pode ser reduzido em até 40%. Outro dado que chama a atenção vem da Harvard Business Review, que indica que os custos para escalar equipes no modelo sob demanda podem ser até 50% menores em comparação aos formatos tradicionais.

Quando encaramos de frente o paradoxo do mercado de tecnologia no Brasil, o outsourcing deixa de ser uma simples terceirização e passa a ser uma estratégia de crescimento e sustentabilidade digital. É uma via de mão dupla, na qual empresas parceiras se tornam verdadeiras extensões dos times internos, contribuindo não apenas com código e tecnologia, mas também com visão de negócio e pertencimento. Uma empresa que não resolve seu déficit de talentos abre mão até da sua própria capacidade de inovar.




Fonte: Marcelo Dannus - CEO da Paipe Tecnologia e Inovação