O Instituto Brasileiro de Economia Circular (Ibec) e a Exchange 4 Change Brasil (E4CB) lançaram o ‘Brazil State of Circularity’, documento que traz um raio-x do avanço e dos desafios da economia circular no Brasil a partir da indústria e de políticas públicas.
Segundo a análise, há cinco setores prioritários e estratégicos para a transição econômica no país atualmente: Metais e Minerais; Plástico; Têxtil; Eletroeletrônicos; e Energia. No entanto, alguns gargalos, como falta de letramento entre atores importantes e dificuldade de definir estratégias que vão além de uma única empresa, ainda são pontos de atenção.
O ‘Brazil State of Circularity’ é resultado de 10 anos de trajetória da Exchange 4 Change Brasil, organização pioneira na articulação da agenda circular no Brasil, e consolida um extenso processo de escuta, análise e colaboração multissetorial.
O ‘Brazil State of Circularity’ é resultado de 10 anos de trajetória da Exchange 4 Change Brasil, organização pioneira na articulação da agenda circular no Brasil, e consolida um extenso processo de escuta, análise e colaboração multissetorial.
Foram mais de 25 encontros formais com representantes do setor público e privado, mais de 90 reuniões estratégicas, 4 grupos de trabalho ativos, envolvendo mais de 30 empresas, 10 setores econômicos e conexões com 12 países. Em seu escopo, está o Hub de Economia Circular Brasil, que reúne empresas de diversos setores e portes para desenvolver negócios circulares.
Já o Ibec foi criado com a missão de ampliar o alcance da economia circular por meio de educação qualificada, alinhada às diretrizes globais; da interação com órgãos governamentais; e da construção de parcerias internacionais voltadas à realização de estudos, pesquisas e roadmaps.
Já o Ibec foi criado com a missão de ampliar o alcance da economia circular por meio de educação qualificada, alinhada às diretrizes globais; da interação com órgãos governamentais; e da construção de parcerias internacionais voltadas à realização de estudos, pesquisas e roadmaps.
O instituto faz parte do fórum de especialistas criado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) para definir a Estratégia Nacional de Economia Circular, e foi a primeira organização do Brasil a entrar na Coalizão de Economia Circular para a América Latina e o Caribe.
O relatório foi lançado na programação do Fórum Mundial de Economia Circular, que aconteceu em São Paulo, e aponta que existem três gargalos principais na construção de uma agenda comum de economia circular para o Brasil.
Primeiro, o letramento, que torna necessária uma mudança no mindset de negócios para engajar e educar todos os atores envolvidos. Além disso, existe a dificuldade de definir estratégias que extrapolem os limites de uma única empresa ou setor, e a transição exigirá o desenvolvimento de novas habilidades, competências e indicadores. O terceiro gargalo está no próprio mercado: a adoção de novos valores e comportamentos por parte da sociedade é essencial para que produtos e serviços circulares sejam valorizados e demandados.
- Com frequência, somos procurados por especialistas e investidores internacionais que querem entender o cenário da economia circular no Brasil, e por stakeholders brasileiros que não sabem por onde começar a transição. Foi dessa demanda que surgiu o ‘Brazil State of Circularity’. Estamos com os olhos voltados para a COP30 e a economia circular é um elemento-chave no debate sobre descarbonização, porque traz uma nova forma de desenvolver produtos e serviços em equilíbrio com o planeta. É um convite para empresas e governos revisarem seus compromissos de redução de emissões - declara a presidente do Ibec e diretora da E4CB, Beatriz Luz.
Neste sentido, os cinco setores prioritários assumem um papel de grande relevância econômica e ambiental na indústria e estão em diferentes estágios na construção de um país mais circular. Foram ouvidos especialistas da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), do SENAI CETIQT, da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica).
Diretrizes para avançar na transição circular
Com base nos principais gargalos identificados, o report destaca sete ações consideradas fundamentais para avançar com a circularidade no Brasil, a fim de criar uma agenda comum entre indústria, empresas, poder público e sociedade civil.
- Nenhum país, nenhuma empresa e nenhuma cidade fará a transição sozinha. Precisamos nos unir para definir uma economia global que funcione sob novas regras, valores e comportamentos - enfatiza Beatriz Luz.
Um ponto considerado fundamental é a inserção da economia circular nos currículos, da educação básica ao ensino superior, trazendo uma perspectiva da nova economia ao longo da formação. Além disso, também é essencial a criação de um modelo de financiamento circular, com mecanismos adequados à realidade brasileira, e o letramento das lideranças públicas e privadas, para facilitar a construção de uma agenda comum.
Entre as diretrizes, está ainda o fomento a redes de colaboração, a fim de estimular ecossistemas de trocas multissetoriais e internacionais. O design circular é tido como uma prioridade para redesenhar produtos e garantir a reparabilidade dos mesmos, e o documento destaca que roadmaps regionais podem definir metas e prioridades para cada estado específico.
Por fim, o ‘Brazil State of Circularity’ enfatiza que é preciso mobilizar e conscientizar a sociedade com campanhas de sensibilização, consolidando uma nova perspectiva de valor, baseada em experiências, produtos e serviços circulares.
Fonte: Camila Nogaroli
O relatório foi lançado na programação do Fórum Mundial de Economia Circular, que aconteceu em São Paulo, e aponta que existem três gargalos principais na construção de uma agenda comum de economia circular para o Brasil.
Primeiro, o letramento, que torna necessária uma mudança no mindset de negócios para engajar e educar todos os atores envolvidos. Além disso, existe a dificuldade de definir estratégias que extrapolem os limites de uma única empresa ou setor, e a transição exigirá o desenvolvimento de novas habilidades, competências e indicadores. O terceiro gargalo está no próprio mercado: a adoção de novos valores e comportamentos por parte da sociedade é essencial para que produtos e serviços circulares sejam valorizados e demandados.
- Com frequência, somos procurados por especialistas e investidores internacionais que querem entender o cenário da economia circular no Brasil, e por stakeholders brasileiros que não sabem por onde começar a transição. Foi dessa demanda que surgiu o ‘Brazil State of Circularity’. Estamos com os olhos voltados para a COP30 e a economia circular é um elemento-chave no debate sobre descarbonização, porque traz uma nova forma de desenvolver produtos e serviços em equilíbrio com o planeta. É um convite para empresas e governos revisarem seus compromissos de redução de emissões - declara a presidente do Ibec e diretora da E4CB, Beatriz Luz.
Neste sentido, os cinco setores prioritários assumem um papel de grande relevância econômica e ambiental na indústria e estão em diferentes estágios na construção de um país mais circular. Foram ouvidos especialistas da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), do SENAI CETIQT, da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros) e da Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (ABEEólica).
Diretrizes para avançar na transição circular
Com base nos principais gargalos identificados, o report destaca sete ações consideradas fundamentais para avançar com a circularidade no Brasil, a fim de criar uma agenda comum entre indústria, empresas, poder público e sociedade civil.
- Nenhum país, nenhuma empresa e nenhuma cidade fará a transição sozinha. Precisamos nos unir para definir uma economia global que funcione sob novas regras, valores e comportamentos - enfatiza Beatriz Luz.
Um ponto considerado fundamental é a inserção da economia circular nos currículos, da educação básica ao ensino superior, trazendo uma perspectiva da nova economia ao longo da formação. Além disso, também é essencial a criação de um modelo de financiamento circular, com mecanismos adequados à realidade brasileira, e o letramento das lideranças públicas e privadas, para facilitar a construção de uma agenda comum.
Entre as diretrizes, está ainda o fomento a redes de colaboração, a fim de estimular ecossistemas de trocas multissetoriais e internacionais. O design circular é tido como uma prioridade para redesenhar produtos e garantir a reparabilidade dos mesmos, e o documento destaca que roadmaps regionais podem definir metas e prioridades para cada estado específico.
Por fim, o ‘Brazil State of Circularity’ enfatiza que é preciso mobilizar e conscientizar a sociedade com campanhas de sensibilização, consolidando uma nova perspectiva de valor, baseada em experiências, produtos e serviços circulares.
Fonte: Camila Nogaroli