Sustentabilidade na produção de brinquedos volta a aquecer o setor




Em um mundo cada vez mais preocupado com a sustentabilidade, a escolha dos brinquedos também está passando por uma transformação. Pais e consumidores estão buscando alternativas que unam diversão e responsabilidade ambiental, impulsionando um mercado que cresce a passos largos.

Por isso, cresce a busca por marcas que promovem um consumo mais responsável, utilizando materiais recicláveis, biodegradáveis e processos produtivos sustentáveis. O mercado já reflete essa transformação: segundo um relatório da Research and Markets, o setor de brinquedos sustentáveis foi avaliado em US$ 18,9 bilhões em 2020 e deve atingir US$ 59,6 bilhões até 2030.

Empresas inovadoras têm se destacado ao alinhar diversão e consciência ambiental. A Puzi, por exemplo, desenvolve quebra-cabeças e embalagens exclusivamente com madeira de reflorestamento sustentável, eliminando o uso de plásticos e materiais descartáveis. Cada detalhe dos produtos é pensado para garantir durabilidade e evitar resíduos desnecessários.

                                    



                                      


“Brinquedos sustentáveis reduzem o impacto ambiental e ensinam, desde cedo, a importância de um consumo responsável. E nesse cenário, os pais desempenham um papel essencial ao optar por produtos que refletem valores como preservação e respeito à natureza. Crianças aprendem pelo exemplo, e brinquedos sustentáveis despertam a curiosidade sobre o meio ambiente, ajudando a construir hábitos mais conscientes para o futuro”, destaca Bruno Bruno Testoni, Sócio Administrador da marca.


                                 
                    

Já a Toquinho Jr, que trabalha na confecção de figuras artesanais e está lançando uma linha de Harry Potter, reforça seu compromisso sustentável ao operar com energia renovável, reaproveitamento de água por meio de cisternas e destinação adequada de resíduos. Além disso, a empresa utiliza MDF proveniente de madeira de reflorestamento, garantindo que sua produção minimize impactos ambientais.

“Essa transição para brinquedos ecológicos não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. Ao optar por produtos sustentáveis, os consumidores incentivam a indústria a adotar práticas mais responsáveis, contribuindo para um futuro em que diversão e consciência ambiental caminham juntas”, reforça Fernando Ruas, CEO da Francal, organizadora da ABRIN 2025 em parceria com a Abrinq, que este ano trará ambas as marcas para apresentar seus produtos no evento.

- Ações Sustentáveis:

Outras iniciativas sustentáveis, que se destacam através da organização da feira, é a coleta seletiva, a Arena Sustentável e o uso de produtos de limpeza ecológicos. Em 2024, a ABRIN reciclou 18 toneladas de resíduos e transformou 39 toneladas de resíduos orgânicos em compostagem. Neste ano, além da continuidade da parceria com a LC Ambiental, 100% dos resíduos recicláveis serão compensados pelo selo eureciclo, ampliando o impacto positivo para as cooperativas.


A Arena ABRIN Talks também reflete esse compromisso, sendo construída com estrutura metálica reutilizável, sem desperdícios, um projeto da Ecobooth, vencedora do Prêmio Caio 2024. Outra novidade é a parceria com a BIOWASH, que levará produtos de limpeza naturais e menos agressivos ao meio ambiente para todos os eventos Francal em 2025, começando pela ABRIN. "A cada ano, a ABRIN avança em direção a um evento mais sustentável, reduzindo impactos ambientais e promovendo práticas responsáveis. Com a colaboração de todos, estamos caminhando rumo a eventos carbono neutro. Junte-se a essa transformação”, reforça Ruas.

- Danos ao Meio Ambiente:

Estima-se que 90% dos brinquedos vendidos atualmente no mundo sejam feitos de plástico. De acordo com o World Wide Fund for Nature (WWF), esse material pode persistir no meio ambiente por até 500 anos, e apenas 9% é efetivamente reciclado. Além do impacto ambiental, a degradação dos brinquedos plásticos gera microplásticos que contaminam oceanos, entram na cadeia alimentar e podem afetar a saúde humana. Esse cenário torna a sustentabilidade no setor de brinquedos uma pauta urgente, exigindo que os produtos incorporem premissas ecológicas desde sua concepção.




Fonte: FABRIN  / Gabriele Nardes