Erros podem comprometer sucesso da empresa




Crescer é o sonho de todo empresário, mas o que acontece quando esse crescimento se torna um problema? Muitos negócios sucumbem à chamada “armadilha do crescimento”, um fenômeno que pode comprometer a lucratividade e a sustentabilidade da empresa, especialmente em um cenário econômico desafiador como o de 2025.

A busca incessante por crescimento pode levar a decisões precipitadas, como ampliar linhas de produtos sem um planejamento sólido, assumir dívidas excessivas ou expandir a operação sem considerar os impactos financeiros de longo prazo.

Crescer sem controle não significa prosperar. A qualidade do crescimento é mais importante do que o crescimento em si, e empresas que crescem rápido demais sem uma estratégia financeira estruturada podem se perder no caminho. Metas agressivas de crescimento, aquisições mal planejadas ou diversificações impulsivas geram entropia organizacional, dificultando a gestão e reduzindo a rentabilidade.

Apesar dos desafios, as empresas podem manter uma perspectiva otimista. Segundo o empreendedor, há oportunidades para expansão sustentável — os riscos, no entanto, não podem ser ignorados. Entre os principais fatores de preocupação para a economia brasileira em 2025, o especialista aponta a taxa de juros e a inflação elevadas e o desequilíbrio fiscal.

E como evitar a armadilha do crescimento? Três passos fundamentais:

- Avaliação da estratégia:

Antes de expandir, é preciso considerar se o cenário macroeconômico e as tendências do setor apontam para uma boa oportunidade de crescimento, que nem sempre vai fazer sentido para o modelo de negócios.

- Gestão financeira sólida:

Acompanhar indicadores financeiros, como margem de contribuição, alavancagem operacional e fluxo de caixa, ajuda a crescer de forma sustentável, especialmente diante da previsão de juros altos.

- Foco na eficiência:

Crescimento sem estrutura pode levar à queda na qualidade dos produtos e serviços. Empresas bem-sucedidas são aquelas que crescem mantendo a eficiência e a lucratividade.


Fonte: Tiago Barros Belo - cofundador da healthtech Vitta, vendida para a Stone. Administrador de empresas, graduado pela Universidade Federal de Uberlândia e pós-graduado em Finanças Aplicadas pelo Insper, com certificação pelo programa de liderança da Harvard Business School.