A demanda global por alumínio reciclado pode até quadruplicar até 2050, atingindo cerca de 80 milhões de toneladas por ano, segundo dados do International Aluminum Institute (IAI) que a ABAL (Associação Brasileira do Alumínio) teve acesso. O estudo relaciona o aumento de demanda com a intensidade do avanço do aquecimento global nas próximas décadas.
A pesquisa trabalhou com a projeção de três cenários em 2050: sem variação de temperatura média do planeta em relação aos dias de hoje; diante do aumento de 1,5ºC; e com um acréscimo de 2ºC. Quanto maior for a intensidade do aquecimento global, maior será a necessidade do metal proveniente da reciclagem.
A demanda global atual por alumínio reciclado é de 22 milhões de toneladas por ano. Com a manutenção da média de temperatura atual, a demanda será de 66 milhões de toneladas em 2050.
Caso o planeta esquente 1,5ºC nos próximos 26 anos, esse volume evoluirá para 68 milhões de toneladas. Por fim, atingirá uma necessidade de 80 milhões de toneladas do material reciclado caso a temperatura se estabeleça em 2ºC acima do atual – praticamente quatro vezes mais do que é hoje.
No Brasil, cerca de 60% do consumo de produtos de alumínio vem da reciclagem
O alumínio é considerado um material estratégico para a transição para uma economia de baixo carbono e para o fortalecimento de uma indústria de base forte e sustentável.
Hoje, no Brasil, cerca de 60% do consumo de produtos de alumínio vem da reciclagem. A média global gira em torno de 30%, conforme os dados do Anuário Estatístico da ABAL.
Os principais mercados consumidores são: embalagens, eletricidade, transportes, construção civil e máquinas e equipamentos.
O papel da reciclagem para o País e para a indústria é de extrema importância. Uma das características que tornam o alumínio o material de escolha na transição para uma economia de baixo carbono, consiste justamente na possibilidade do metal ser infinitamente reciclável, sem perder suas características físicas e químicas. Além disso, a reciclagem do alumínio gera outros benefícios como: ambientais, econômicos e sociais.
Entre eles estão: geração de empregos indiretos, a conservação de recursos naturais, e contribuição para a transição energética justa são alguns desses exemplos.
Fonte: ABAL / Gabriel Rigoni