Para entender como os jovens lidam com o dinheiro, dados inéditos revelam que o jovem investidor brasileiro, apesar de buscar independência financeira, mantém um perfil bastante conservador. Esta é uma das conclusões da pesquisa “Quem são os jovens investidores brasileiros?”, realizada pela Rico, plataforma de serviços financeiros da XP Inc., que revela pontos importantes sobre como as pessoas das gerações Z e Millennial pensam e agem em relação a investimentos financeiros.
De acordo com a pesquisa, que entrevistou 1008 homens e mulheres entre 24 e 35 anos que já realizaram algum tipo de investimento financeiro, 50% dos jovens ainda possuem investimentos na poupança, 41% possuem ativos em renda fixa, 37% possuem ações nacionais e 35% possuem investimentos em criptomoedas.
Os dados apontam que a maioria dos investidores entre 24 e 35 anos opta por produtos de menor risco, como poupança e renda fixa. Avaliamos que essa escolha é impulsionada pela crescente preocupação em construir uma reserva de emergência, refletindo uma mentalidade de prudência financeira, mesmo em um cenário de crescente interesse por investimentos entre as novas gerações.
Em relação ao domínio sobre o mercado de investimentos, o estudo aponta que 31% dos jovens consideram seu conhecimento intermediário, ou seja, entendem sobre diversificação dos investimentos, mas não possuem compreensão sobre todos os produtos disponíveis. Por outro lado, 29% acredita ter uma compreensão avançada sobre o mercado financeiro. Outros 22% admitem saber apenas o básico e 16% se consideram especialistas.
Apesar do amplo investimento em educação financeira que vimos no mercado na última década, ainda há muito a evoluir. Isso fica claro quando vemos que, mesmo com tantas opções mais rentáveis disponíveis no mercado, metade dos jovens investidores ainda escolhe a poupança como principal meio de aplicar seu dinheiro.
Esse dado também levanta uma questão crucial: estamos realmente capacitando nossos jovens para tomar decisões financeiras que possam garantir seu futuro? Mais do que só explicar conceitos básicos, é essencial dar na mão de investidores iniciantes as ferramentas essenciais para que eles tenham sucesso em seus objetivos.
A pesquisa também buscou identificar o principal motivador para investir, com 66% dos respondentes afirmando que tem como objetivo alcançar a independência financeira. Segurança para crises e estabilidade são outras grandes motivações, citadas por 46% e 58% respectivamente.
Em relação a metas para o curto e longo prazo, nos próximos 90 dias, 44% esperam criar ou aumentar sua reserva de emergência, o mesmo objetivo segue apontado pela maioria para o prazo de seis meses, com 31% afirmando que essa é a meta principal. Avaliando o horizonte para médio prazo, entre 2 e 5 anos, o objetivo principal apontado por 23% dos jovens é realizar a compra de um imóvel, enquanto para 19% o foco se mantém na reserva de emergência. Já no longo prazo (mais de cinco anos), 19% têm como meta acumular capital para investir em um negócio próprio, com foco também em compra de imóvel (18%) e parte já se preparando para a futura aposentadoria (16%).
A busca por segurança, estabilidade e reservas de emergência mostra que essa geração está determinada a construir uma base sólida para o futuro, sem deixar de lado o planejamento de objetivos mais ambiciosos, como a compra de imóveis ou o investimento em negócios próprios. Essa combinação de cautela e visão de longo prazo é um sinal positivo e com as ferramentas certas e mais conhecimento sobre os melhores investimentos, esses jovens estão bem encaminhados para alcançar suas metas financeiras e transformar suas aspirações em realidade.
Para apoiar os jovens que estão se estruturando na jornada de investimentos, a Rico lançou uma nova campanha com o mote “Só vantagem para quem investe”. O objetivo é atualizar a proposta de valor da marca, reforçando atributos como a prateleira exclusiva de produtos de renda fixa, chamadas “Rentabilíssimas”, os benefícios do Investback, taxa de corretagem zero em ações, e a funcionalidade “Meus objetivos”, em que o investidor consegue se planejar financeiramente para investir de forma simples e prática, mostrando aos jovens investidores os benefícios de traçar objetivos com clareza.
Queremos mostrar que, na Rico, todos os perfis de investidores têm espaço e vantagens. A Rico é a melhor escolha para os clientes que prezam pelo autoatendimento em uma plataforma intuitiva, completa e de linguagem acessível. Buscamos oferecer uma experiência excelente para o cliente e uma série de vantagens para todos os perfis de investidores e suas necessidades.
Quem são os jovens investidores brasileiros?
A pesquisa mostrou que a maioria dos jovens que investe possui ensino superior completo (41%), seguido por um percentual significativo que está cursando ou concluiu pós-graduação (19%). Em relação à ocupação, 59% dos jovens estão empregados em tempo integral, com 21% atuando como autônomos.
O estudo analisou também que metade dos jovens investidores (50%) arca sozinha com todas as despesas de sua casa. Apenas 4% têm todas as contas pagas pelos pais, enquanto 15% dividem as despesas com eles. Cerca de 30% dos jovens compartilham as responsabilidades financeiras com outra pessoa.
Avaliando em que momento este perfil de investidores se encontra, um terço (34%) está focado em construir um futuro sólido para sua família e patrimônio. Quase 20% dos jovens estão em fase de preparação ou início de carreira, buscando acumular capital e se estabilizar financeiramente. Enquanto outros 20% estão planejando grandes aquisições e a estruturação de uma vida independente.
Individualmente, 70% dos entrevistados possuem renda mensal de até R$7.000 - sendo que 37% recebem entre R$3.001 e R$7.000, 33% até R$3.000 e 18% entre R$7.001 e R$15.000. Já sobre a renda familiar, a maioria se encontra nas faixas intermediárias. Especificamente, 62% das famílias têm um orçamento mensal familiar entre R$3.001 e R$15.000, com a maior concentração (33%) na faixa de R$3.001 a R$7.000. As faixas de renda mais elevadas, acima de R$15.000, correspondem a 21% das famílias, com 10% delas ganhando mais de R$20.001.
Fonte: Antônio Sanches - analista da Rico.