CLT ou PJ: qual é o melhor formato de contratação?




Na gestão de pessoas, a escolha entre contratação via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) ou por prestadores de serviço é uma decisão estratégica que pode impactar diretamente a sustentabilidade de um negócio.

De acordo com dados do IBGE, o Brasil conta com aproximadamente 33 milhões de trabalhadores formais contratados via CLT, enquanto cerca de 24 milhões atuam como autônomos ou prestadores de serviço. Ambas as modalidades possuem vantagens e desvantagens que devem ser cuidadosamente analisadas.

A escolha entre CLT e prestadores de serviço deve ser guiada pela estratégia da empresa e pelo tipo de trabalho a ser realizado. É essencial considerar o perfil dos projetos, a cultura organizacional e o custo-benefício a longo prazo. 

A flexibilidade e a especialização dos prestadores de serviço podem ser uma vantagem competitiva em determinados cenários, enquanto a segurança e a estabilidade da CLT são fundamentais para empresas que buscam construir um time coeso e engajado.

Contratação CLT: vantagens e desvantagens:

- Estabilidade: oferece uma relação de trabalho mais estável e segura tanto para o empregador quanto para o empregado.

- Benefícios trabalhistas: direito à férias remuneradas, 13º salário, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), licença-maternidade/paternidade, entre outros.

- Engajamento e fidelidade: Promove maior engajamento e fidelidade dos colaboradores, assegurando que todos os direitos trabalhistas sejam cumpridos.

- Custos elevados: Pode ser onerosa para a empresa, devido aos encargos trabalhistas e à burocracia envolvida, principalmente para empresas pequenas e médias.

Contratação de prestadores de serviço PJ: vantagens e desvantagens:

- Flexibilidade: Permite a contratação para projetos específicos, sem a necessidade de vínculo empregatício e os respectivos encargos.

- Redução de custos: Pode ser uma opção interessante para empresas que buscam mais flexibilidade e redução de custos.

- Riscos jurídicos: É importante que o contrato de prestação de serviços esteja bem definido para evitar problemas jurídicos futuros, como a caracterização de vínculo empregatício disfarçado.

É fundamental alinhar a escolha à identidade da marca e aos valores corporativos. A contratação via CLT pode reforçar a cultura de estabilidade e compromisso, essencial para marcas que valorizam a lealdade e o desenvolvimento a longo prazo.

Já sobre os contratos conhecidos como PJ, a especialista acredita que os prestadores de serviço oferecem a flexibilidade e a inovação necessárias para marcas que operam em mercados dinâmicos e precisam de soluções rápidas e especializadas. A chave está em entender como cada modelo de contratação pode fortalecer a proposta de valor da marca e a experiência oferecida ao cliente.

Para que o empregador tome uma decisão, é importante avaliar não apenas os custos imediatos, mas também o impacto a longo prazo na cultura organizacional, na satisfação dos colaboradores e na capacidade de inovação e adaptação do negócio. 

Com uma análise criteriosa e alinhada aos objetivos estratégicos, as empresas podem tomar decisões mais assertivas, garantindo uma gestão de pessoas que contribua para o crescimento sustentável da organização.


Fonte: Daiane Milani - empresária.