O Sistema Financeiro Nacional é um complexo composto por diversos mercados, cada um exercendo influência específica sobre a economia brasileira. Entre esses mercados, destaca-se o de crédito, que desempenha um papel crucial no comportamento dos consumidores, sejam cidadãos comuns ou empresas. Afinal, a inflação, as taxas de juros, os preços nos supermercados, os investimentos e os empréstimos estão todos interligados nesse cenário.
O mercado de crédito é o ambiente onde ocorrem operações de concessão de crédito e financiamento para pessoas físicas e jurídicas. Em termos simples, o crédito representa o pagamento futuro, muitas vezes acrescido de juros, de um valor obtido no presente. Essa engrenagem é fundamental para o crescimento econômico e também nos fornece insights sobre o endividamento da população brasileira.
“O mercado de crédito tem como principal objetivo facilitar a movimentação de recursos. Ele conecta aqueles que precisam de capital com aqueles que podem fornecê-lo por meio de empréstimos ou financiamentos. Essa dinâmica impulsiona a economia: empresas podem expandir seu patrimônio com base nos juros, enquanto os consumidores conseguem realizar compras mesmo sem capital”, explica Felipe D’Avila CFO da empresa Limite na Hora e especialista no assunto do mercado financeiro.
Embora os termos possam gerar confusão, há uma distinção importante. No mercado de crédito, as instituições financeiras emprestam dinheiro aos clientes. Já no mercado de capitais, o capital parte dos investidores para as empresas, que o devolvem posteriormente com juros. Além disso, no mercado de capitais, corretoras de valores ou bancos intermediam essas operações. A razão para essa diferença reside no fato de que, no mercado de capitais, são as empresas que buscam fundos para projetos de expansão e crescimento.
O mercado de crédito é um sistema complexo e cíclico, com um detalhe crucial: os recursos utilizados para fornecer empréstimos e financiamentos provêm dos depósitos e investimentos feitos pelos próprios clientes. Essa prática é rigorosamente autorizada e fiscalizada pelo Banco Central, garantindo total segurança.
As instituições financeiras desempenham um papel crucial na economia, intermediando transações monetárias e oferecendo serviços financeiros. Elas incluem bancos comerciais, bancos de investimento, cooperativas de crédito, corretoras e outras entidades que captam e concedem recursos, além de facilitar investimentos e transações financeiras .
Cada tipo de instituição tem funções e objetivos específicos. Por exemplo, os bancos comerciais são os mais conhecidos e oferecem uma variedade de serviços, como saques, empréstimos e investimentos. Já as corretoras de investimentos focam em portfólios e carteiras para clientes, enquanto os bancos digitais surgiram recentemente, oferecendo serviços antes exclusivos dos bancos tradicionais. Essa diversidade beneficia os clientes, aumentando a concorrência e proporcionando mais autonomia na gestão financeira.
“Um dos maiores desafios relacionados aos empréstimos bancários é o alto custo dos juros. As instituições financeiras frequentemente aplicam taxas de juros elevadas, o que pode transformar o pagamento do empréstimo em um ônus financeiro significativo para quem o contrata. Esse problema se agrava ainda mais quando os juros são compostos, resultando no pagamento de juros sobre juros acumulados”, finaliza Hamilton Ribas, CEO da Limite na Hora.
Fonte: Michele Rocha