Investir em preservação ambiental, reflorestamento e neutralização da pegada de carbono através da aquisição de créditos de carbono é a meta a ser atingida.
O Brasil tem potencial para ser um importante protagonista do setor de certificação e estoque de carbono. O mercado de crédito de carbono, que, no Brasil, ainda não está regulado, gera estímulo para a promoção de iniciativas de descarbonização de empresas e para o atingimento de metas de redução de emissões do país.
Esses créditos, além de valorizados pelo mercado, ainda são responsáveis pela regeneração de biomas importantes como o Cerrado, onde há nascentes que abastecem seis das oito grandes bacias hidrográficas do Brasil e corredores de chuva formados, tão importantes para combater a poluição.
O mercado de carbono tem ganhado destaque nos últimos anos como uma estratégia crucial para combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O avanço da compensação de carbono tem sido impulsionado por uma convergência de esforços de governos, empresas e indivíduos em direção a uma economia mais sustentável.
Por meio da fotossíntese, as florestas são capazes de absorver o dióxido de carbono. Segundo pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver de 150 a 200 toneladas de carbono, sendo um aspecto positivo no processo de utilização das florestas no combate à poluição.
As empresas que adotam práticas sustentáveis optam pela compra de crédito de carbono. Esta pratica diz respeito à compensação da emissão dos gases do efeito estufa por meio do plantio de árvores, substituição de combustíveis poluentes ou incentivo à energia renovável, entre outros projetos com impacto socioambiental positivo.
Segundo Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon e doutor em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais (UFPR/INPA/ FFPRI Japão), o Brasil embora concentre 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais, emite menos de 1% do potencial anual. Num cenário ideal, o Brasil poderia atender a 48,7% da necessidade mundial por créditos de carbono, desde que haja um investimento maciço no setor.
O Acordo de Paris estabeleceu um marco global crucial ao convocar nações a se comprometerem com a redução das emissões de carbono.
Durante a COP28, em 2023, o mercado de carbono foi amplamente discutido por ser uma das soluções baseadas na natureza para combater as mudanças climáticas. Apesar de alguns desafios que o mercado de carbono enfrentou em 2023, a queda no valor dos créditos foi oriundo de fatores externos, como as guerras da Ucrânia e Gaza.
No Brasil, o cenário para alcançar a neutralidade de carbono apresenta desafios consideráveis. Mesmo em grandes empresas que cumprem as exigências do "Novo Mercado" na B3, apenas 21% estão listadas no ISE (Índice de Sustentabilidade). Em Pequenas e Médias Empresas (PMEs), os números podem ser ainda mais desafiadores. Segundo o Sebrae, apenas 12% das PMEs possuíam um programa de sustentabilidade formalizado.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou, no mês de maio de 2024, a Resolução nº 743/2024, que regulamenta o monitoramento e a compensação das emissões de dióxido de carbono (CO2) em voos internacionais. Estas regras entram em vigor em 1º de janeiro de 2025 e valem para companhias que emitir, em um ano, quantidade superior a dez mil toneladas de CO2 na fase internacional de voo, em veículos acima de 5,7 mil quilos.
Um relatório publicado recentemente pela Global Shipping Business Network (GSBN) apontou que, a digitalização de processos no setor de transporte marítimo pode ajudar a criar uma significativa redução nas emissões de carbono, cuja meta é zerar até 2050. Ao menos 80% do comércio internacional dependem deste tipo de modal, embora hoje esse seja mais eficiente em termos em termos de emissão de gases de efeito estufa que o aéreo, ainda é responsável por quase 3% das emissões globais.
A meta de neutralidade de carbono visa equilibrar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) com ações que removem ou compensem esses gases da atmosfera, contribuindo significativamente para a mitigação do aquecimento global. A descarbonização é um desafio urgente e complexo para garantir a sustentabilidade.
Fonte: Vininha F. Carvalho - jornalista, economista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.
Esses créditos, além de valorizados pelo mercado, ainda são responsáveis pela regeneração de biomas importantes como o Cerrado, onde há nascentes que abastecem seis das oito grandes bacias hidrográficas do Brasil e corredores de chuva formados, tão importantes para combater a poluição.
O mercado de carbono tem ganhado destaque nos últimos anos como uma estratégia crucial para combater as mudanças climáticas e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. O avanço da compensação de carbono tem sido impulsionado por uma convergência de esforços de governos, empresas e indivíduos em direção a uma economia mais sustentável.
Por meio da fotossíntese, as florestas são capazes de absorver o dióxido de carbono. Segundo pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo, cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver de 150 a 200 toneladas de carbono, sendo um aspecto positivo no processo de utilização das florestas no combate à poluição.
As empresas que adotam práticas sustentáveis optam pela compra de crédito de carbono. Esta pratica diz respeito à compensação da emissão dos gases do efeito estufa por meio do plantio de árvores, substituição de combustíveis poluentes ou incentivo à energia renovável, entre outros projetos com impacto socioambiental positivo.
Segundo Francisco Higuchi, CEO da Tero Carbon e doutor em Ecologia e Manejo de Florestas Tropicais (UFPR/INPA/ FFPRI Japão), o Brasil embora concentre 15% do potencial global de captura de carbono por meios naturais, emite menos de 1% do potencial anual. Num cenário ideal, o Brasil poderia atender a 48,7% da necessidade mundial por créditos de carbono, desde que haja um investimento maciço no setor.
O Acordo de Paris estabeleceu um marco global crucial ao convocar nações a se comprometerem com a redução das emissões de carbono.
Durante a COP28, em 2023, o mercado de carbono foi amplamente discutido por ser uma das soluções baseadas na natureza para combater as mudanças climáticas. Apesar de alguns desafios que o mercado de carbono enfrentou em 2023, a queda no valor dos créditos foi oriundo de fatores externos, como as guerras da Ucrânia e Gaza.
No Brasil, o cenário para alcançar a neutralidade de carbono apresenta desafios consideráveis. Mesmo em grandes empresas que cumprem as exigências do "Novo Mercado" na B3, apenas 21% estão listadas no ISE (Índice de Sustentabilidade). Em Pequenas e Médias Empresas (PMEs), os números podem ser ainda mais desafiadores. Segundo o Sebrae, apenas 12% das PMEs possuíam um programa de sustentabilidade formalizado.
A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) publicou, no mês de maio de 2024, a Resolução nº 743/2024, que regulamenta o monitoramento e a compensação das emissões de dióxido de carbono (CO2) em voos internacionais. Estas regras entram em vigor em 1º de janeiro de 2025 e valem para companhias que emitir, em um ano, quantidade superior a dez mil toneladas de CO2 na fase internacional de voo, em veículos acima de 5,7 mil quilos.
Um relatório publicado recentemente pela Global Shipping Business Network (GSBN) apontou que, a digitalização de processos no setor de transporte marítimo pode ajudar a criar uma significativa redução nas emissões de carbono, cuja meta é zerar até 2050. Ao menos 80% do comércio internacional dependem deste tipo de modal, embora hoje esse seja mais eficiente em termos em termos de emissão de gases de efeito estufa que o aéreo, ainda é responsável por quase 3% das emissões globais.
A meta de neutralidade de carbono visa equilibrar as emissões de gases de efeito estufa (GEE) com ações que removem ou compensem esses gases da atmosfera, contribuindo significativamente para a mitigação do aquecimento global. A descarbonização é um desafio urgente e complexo para garantir a sustentabilidade.
Fonte: Vininha F. Carvalho - jornalista, economista, administradora de empresas e editora da Revista Ecotour News & Negócios.