Tecnologias sociais são ferramentas que fomentam o S do ESG




As tecnologias sociais são ferramentas que ajudam a trazer soluções efetivas para um grupo ou comunidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Hand Talk, startup de acessibilidade digital, o pilar social é prioridade para 79% das empresas do Brasil. Dessa forma, co-criar meios para fomentar o desenvolvimento da sociedade é essencial para garantir que essa prioridade seja, de fato, atendida.

As organizações da sociedade civil (OSCs) são as intermediadoras e catalisadoras do primeiro e do segundo setor na criação dessas tecnologias, já que trazem consigo toda a expertise do terceiro setor. Elas têm a capacidade de articular e convergir ideias, desenvolvendo soluções mais eficazes para atender às necessidades das comunidades. “

Mais do que ser implementada de forma indiscriminada pelas empresas e organizações, elas devem ser criadas a partir do mapeamento das reais necessidades que precisam ser atendidas pelas comunidades. Isso, além de ajudar na resolução de problemas, ajuda a gerar conexão e engajamento com as pessoas.

O processo de implementação das tecnologias sociais com as empresas parceiras, fornecendo detalhes sobre como isso é realizado na prática dentro da organização. São soluções inovadoras que visam resolver problemas sociais de maneira eficiente e sustentável, promovendo transformações positivas nas comunidades.

Na Parceiros Voluntários, por exemplo, atuamos em diversas frentes como: capacitação, assessoramento, sensibilização, preparação e padronização dos projetos sociais, além de realizar pesquisas para entender melhor as necessidades das comunidades e desenvolver soluções personalizadas. Nesse contexto, é importante desenvolver as ferramentas de forma colaborativa, com a presença in loco nos espaços que estão sendo atendidos.

Passos para empresas que desejam implementar tecnologias sociais para fomentar o voluntariado corporativo. Confira!

- Desenvolva um planejamento estratégico e defina objetivos:

Ressalto que essa etapa é fundamental, pois alinha os objetivos da marca com o impacto que deseja gerar na comunidade. O planejamento estratégico garante que as iniciativas de voluntariado estejam integradas aos valores e metas da empresa, conversando com temas como ESG, direitos humanos, diversidade e sustentabilidade.

- Identifique competências:

Relacionada ao planejamento estratégico, essa fase diz respeito à identificação de competências necessárias para o sucesso das ações de voluntariado e sua conexão com os objetivos organizacionais. A executiva conta que essa é uma forma de engajar os colaboradores com as causas que mais estão relacionadas aos seus princípios.

- Realize avaliações de desempenho:

Utilizar formulários padronizados e promover feedback construtivo é uma forma de gerar ainda mais valor ao trabalho de voluntariado corporativo. Também é uma forma de mostrar que a empresa está atenta e deseja ajudar no desenvolvimento do funcionário durante o projeto.

- Utilize indicadores:

Os indicadores são essenciais para gerar iniciativas de voluntariado. Baseados em padrões estabelecidos por instituições renomadas, eles garantem a seriedade e a consistência do projeto. Destaco que essa expertise é fundamental para monitorar e avaliar o progresso das ações, corrigindo rumos e incorporando as soluções para os diferentes problemas que surgem ao longo da jornada do voluntariado.

- Tabule e analise dados:

É um processo para entender sobre o andamento das iniciativas de voluntariado corporativo. Ressalto que essa parte é importante para entender sobre o impacto visto nas comunidades atendidas, o engajamento dos colaboradores e como isso se reflete, também, na produtividade na rotina de trabalho.

- Elabore relatórios e planos de ação:

Relacionada à fase anterior, essa é uma etapa que configura o “ciclo” do trabalho voluntário: não é algo que deve ter fim, mas um processo que deve ser revisitado e ajustado.



Fonte: Maria Inês Lara - Head de Soluções da Parceiros Voluntários, organização da sociedade civil que amplia o conhecimento sobre cultura de voluntariado no Brasil.