No competitivo cenário empresarial atual, a decisão entre treinar funcionários internos ou contratar profissionais já qualificados é crucial para o sucesso organizacional. Ambas as abordagens têm seus méritos e desafios, e a escolha ideal pode variar conforme o contexto e as necessidades específicas da empresa.
- Treinamentos corporativos:
Investir no treinamento interno dos funcionários pode oferecer várias vantagens significativas. Primeiramente, permite moldar os colaboradores de acordo com a cultura e os valores da empresa, promovendo maior alinhamento e engajamento. Esse alinhamento cultural pode aumentar a coesão da equipe e melhorar o ambiente de trabalho. Além disso, embora o custo inicial do treinamento possa ser elevado, a longo prazo pode ser mais econômico do que a constante rotatividade de novos contratados. Funcionários treinados internamente tendem a ser mais leais e motivados, o que pode reduzir a taxa de rotatividade e os custos associados à substituição de funcionários.
No entanto, treinar funcionários também apresenta desafios consideráveis. A exigência de tempo e recursos é significativa, demandando infraestrutura adequada e profissionais qualificados para conduzir os treinamentos. a terceirização de treinamentos pode ser um aliado, pois oferece diversos benefícios para as empresas. Ao contratar especialistas externos, as empresas podem acessar uma vasta gama de conhecimentos e habilidades atualizadas, garantindo que os funcionários recebam a formação mais relevante e de alta qualidade.
De acordo com o executivo, quando o treinamento é realizado sem preparo, a curva de aprendizado pode ser lenta, o que impacta temporariamente a eficiência operacional. A ideia é que a empresa se concentre em suas competências principais, enquanto os especialistas em treinamento cuidam do desenvolvimento de habilidades específicas.
- Contratações qualificadas:
Por outro lado, contratar profissionais já qualificados pode ser uma solução atraente em muitas situações. Profissionais com experiência podem começar a contribuir imediatamente, minimizando o tempo de adaptação e aumentando a eficiência operacional.
Ainda assim, a contratação de profissionais qualificados não está isenta de desvantagens. De acordo com Assis, o custo inicial pode ser substancialmente mais alto, devido à necessidade de oferecer salários competitivos e benefícios adicionais para atrair talentos.
Além disso, integrar novos funcionários à cultura existente pode ser um desafio, especialmente se eles vierem de ambientes corporativos muito diferentes. Profissionais altamente qualificados também podem estar mais propensos a mudar de emprego frequentemente, buscando melhores oportunidades, o que pode levar a uma alta rotatividade.
- Educação continuada:
De acordo com um estudo da Deloitte, 94% dos executivos consideram o desenvolvimento contínuo uma prioridade estratégica. Outro relatório da PwC indica que empresas com programas robustos de treinamento têm 21% mais chances de superar a concorrência.
Assis também destaca a importância de um equilíbrio. Embora a contratação de profissionais qualificados seja essencial para atender a demandas imediatas, o treinamento interno é fundamental para a sustentabilidade a longo prazo. As empresas devem adotar uma abordagem híbrida, combinando ambos os métodos para maximizar seus benefícios."
- Era da inteligência artificial:
Enfatizo a importância do treinamento na era da inteligência artificial (IA). Segundo ele, investir no desenvolvimento contínuo dos funcionários é crucial para manter a competitividade. A IA está transformando rapidamente o mercado de trabalho, e as empresas precisam garantir que seus funcionários estejam preparados para essa nova realidade.
A decisão entre treinar funcionários internos ou contratar profissionais já qualificados depende de vários fatores, incluindo a urgência das necessidades, os recursos disponíveis e os objetivos estratégicos da empresa. Um equilíbrio cuidadoso entre essas abordagens pode proporcionar uma vantagem competitiva sustentável, preparando a organização para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades do mercado atual.
Fonte: Leonardo de Assis - CEO da Nohau Escola.