Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e representam 15,9% de todos os domicílios no país.
Mas para decidir morar sozinho, é preciso ter organização, principalmente no que se refere à vida financeira. Afinal, a nova rotina vem acompanhada de despesas básicas, como alimentação, gás, energia elétrica e água. Aqueles que moram de aluguel, ainda precisam somar mais alguns dígitos no orçamento familiar no início de todo o mês.
- Planejamento financeiro é aliado:
Segundo a Serasa, o planejamento financeiro consiste em pensar na saúde financeira, coordenando e equilibrando todos os gastos. Por isso, a premissa principal do conceito é botar todas as despesas na ponta do lápis.
Para começar o planejamento, é importante considerar todos os boletos pagos no mês, anotando uma média de gastos em um documento. Nesse momento, deve-se pensar nas despesas fixas primeiro e, em seguida, adicionar as variáveis.
As anotações podem ser feitas em blocos de notas do celular, cadernos ou planilhas no computador. A ideia é que, após ter todos os gastos adicionados no documento, o indivíduo faça a soma e compreenda a sua real situação financeira.
Para aqueles que pretendem morar sozinhos, fazer um planejamento financeiro é considerado fundamental para manter o controle de gastos. É possível buscar estimativas de preços na região onde será a nova casa e entender se as despesas caberão no orçamento disponível.
Além disso, com a informação ainda é possível tomar outras decisões em prol da qualidade de vida e do ganho de renda. Sabendo os gastos, a pessoa pode ter a segurança para utilizar o restante da renda para investir em CDB, títulos públicos e outros produtos financeiros.
- Gastos comuns ao morar sozinho:
No planejamento financeiro de quem pretende morar sozinho, há algumas despesas que não podem ser esquecidas. A primeira delas é o gasto com moradia, que costuma representar o maior valor. Aqueles que possuem casa própria e não pagam nenhum tipo de conta referente a este aspecto já saem economizando.
Segundo dados da FipeZap+, a média de preços de locação por metro quadrado no Brasil em 2023 ficou em R$38,35. Se for considerado um imóvel de 45m², por exemplo, o custo fixo de moradia ficará em torno de R$ 1.725,25.
Segundo levantamento do Einvestidor, os gastos com condomínio podem ser considerados na faixa de R$ 200, já incluindo as contas de água, gás e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Já os custos com internet costumam ser, em média, de R$ 150.
Entretanto, os valores podem sofrer alterações, dependendo da localização do imóvel. Portanto, para se ter uma estimativa mais precisa, a orientação é fazer uma pesquisa de preços na região onde se pretende morar.
Além dos custos com moradia, há outras despesas fixas. O valor da cesta básica referente ao ano de 2023, em São Paulo, é de R$ 791,82, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese). Para a luz, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), R$100 costuma ser um valor suficiente.
Considerando todas as informações, o valor médio necessário para morar sozinho seria em torno de R$ 3 mil, sem considerar os gastos com transporte. Neste aspecto o valor irá depender do meio que a pessoa escolhe para se locomover no dia a dia.
Conforme aponta o E-investidor, se a escolha for transporte público, a média de gastos pode ficar em torno de R$ 264 por mês. Já se for o carro, o valor tende a subir, conforme as variações de preço da gasolina e necessidades de manutenção do veículo.
Além disso, também é importante reservar uma média do orçamento para atividades de lazer e despesas de saúde. Ambas podem variar, conforme os gostos, as preferências e as necessidades de cada pessoa.
Fonte: Ana Beatriz Medina