Mudanças climáticas podem gerar prejuízo de US$ 25 trilhões




Quando pensamos em mudanças climáticas e seu impacto, pensamos primeiro em desastres naturais ocorrendo distantes de nós - como na Índia ou na Austrália. Mas especialistas concordam que a ameaça está mais perto do que imaginamos: cerca de um décimo do valor das propriedades residenciais do mundo está ameaçado pelo aquecimento global - incluindo muitas casas que não estão nem perto da costa litorânea.

De acordo com uma estimativa, as mudanças climáticas podem destruir 9% do valor das moradias do mundo até 2050 - o que equivale a 25 trilhões de dólares. E a discussão também é sobre quem deve arcar com esse prejuízo.

As seguradoras geralmente arcam com os custos dos reparos depois que uma tempestade destrói um telhado ou um incêndio destrói uma propriedade. À medida que o clima piora e os desastres naturais se tornam mais frequentes, o seguro residencial está ficando cada vez mais caro e podem se tornar até inexistentes, como é o caso da Califórnia nos Estados Unidos. No ano passado, a State Farm, uma das maiores seguradoras dos EUA, anunciou que deixaria de vender novas apólices de seguro residencial na Califórnia.

Além disso, os moradores precisarão gastar grandes somas de dinheiro para reformar suas casas e deixá-las mais ambientalmente seguras ou para se adaptar ao aquecimento global, com a inclusão de ar-condicionado, por exemplo. Frente a isso, os governos também deverão arcar com esses gastos, já que o mercado imobiliário representa uma fatia significativa da economia da maioria dos países além de, é claro, ser fundamental para seus cidadãos. No caso da Califórnia, por exemplo, o governo do estado começou a oferecer seguros residenciais a seus moradores.

As mudanças climáticas já são realidade. Não é preciso ir muito longe: basta ver o aumento das secas ou chuvas devastadoras em algumas regiões do Brasil. Frear o aquecimento global é tarefa de todos, assim como a adaptação a ele. Quanto mais cedo estiverrmos preparados, melhor”, pontua


Fonte: Carlos Magno do Nascimento - sócio fundador do Climate Change Channel (C3 TV), o primeiro canal de TV por assinatura dedicado exclusivamente às mudanças climáticas.