Sete medidas para acelerar a descarbonização de edificações

                                    


Prédios, galpões e outras edificações são responsáveis por 26% das emissões globais de gases de efeito estufa (GEE), de acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE). O cálculo inclui a energia consumida para o aquecimento, resfriamento e iluminação, assim como outros equipamentos neles instalados.


As exigências para aumentar a eficiência energética de prédios novos e antigos por meio da criação de novas políticas e padrões industriais são uma tendência global. A descarbonização de instalações industriais e comerciais, como escritórios, lojas, fábricas e galpões, é uma prioridade para gestores de facilities, que enfrentam o duplo desafio de proporcionar ambientes internos confortáveis e ao mesmo tempo minimizar o impacto ambiental sem aumentar custos.

As emissões de GEE são classificadas em três tipos ou escopos. O escopo 1 são as emissões diretas, gases resultantes da operação ou do processo produtivo lançados diretamente na atmosfera. As emissões decorrentes da geração da energia ou eletricidade consumida (indiretas) compõem o escopo 2. E o escopo 3 inclui os GEE emitidos ao longo da cadeia de produção (como nas etapas de transporte, armazenamento ou outros bens utilizados), por fornecedores e terceiros.

Medidas para agilizar o processo de descarbonização em edificações:

1. Auditorias Energéticas: com o objetivo de analisar o consumo de energia nos diversos locais e atividades, a auditoria possibilita identificar eventuais desperdícios e potenciais pontos de melhoria. Esta análise é o ponto de partida para definir as ações necessárias para o processo de descarbonização.

2. Manutenção Preventiva: realizadas de acordo com o cronograma prévio, as manutenções preventivas são essenciais para manter o desempenho eficaz dos sistemas e equipamentos, reduzindo eventuais paralisações e perdas ou despesas delas decorrentes, e aumentando a vida útil. Assim como a manutenção, é importante contemplar a modernização e otimização de equipamentos periodicamente.

3. Monitoramento e automação: os avanços tecnológicos possibilitam novas soluções para medir, monitorar, gerenciar e controlar o uso de energia com efeitos significativos na eficiência. A incorporação de novas ferramentas para a análise de dados, gerenciamento remoto, automatização e outras funções deve ser uma preocupação contínua.

4. Integração energética: o uso de fontes renováveis de energia é regra básica nos processos de descarbonização. No caso dos equipamentos HVAC é possível adotar fontes como bombas de calor, sistemas híbridos (alternando a fonte de acordo com as condições exteriores), reutilização de calor (o calor residual de outros equipamentos é recuperado e reutilizado, e armazenamento de energia térmica (que armazena e despacha o calor residual como uma bateria para fornecer aquecimento e resfriamento).

5. Modernização do sistema de iluminação: substituir as lâmpadas incandescentes pelas de LEDs, mais econômicas e duradouras, é uma forma relativamente simples de economizar energia. Integrar os controles de iluminação com os HVAC é outra medida para aumentar a eficiência, economizando energia e que, ao mesmo tempo, possibilita obter dados para analisar e melhorar a gestão de ambos os sistemas.

6. Escolha de refrigerante: a instalação (ou conversão) de sistemas HVAC para modelos mais modernos, que utilizam refrigerantes de última geração, com baixo potencial de aquecimento global (ou Global Warming Potential - GWP), é uma medida que reduz significativamente as emissões de gases das edificações.

7. Geração de energia renovável: há uma série de soluções capazes de tornar as edificações mais sustentáveis. Uma delas é a geração local de energia para suprir parcial ou totalmente o consumo de energia aproveitando as condições e recursos locais disponíveis ou benefícios legais que geralmente compensam o investimento.

As tecnologias existentes podem proporcionar reduções significativas de energia e custos, melhorando a eficiência energética e, consequentemente, a pegada de carbono de prédios e galpões, sem comprometer o conforto térmico interno. Com uma gestão responsável e opções por alternativas sustentáveis é possível fazer com que as edificações cumpram a meta de atingir emissões líquidas zero até 2050.


Fonte: Trane Brasil