Já no relatório “Top Risks Likelihood”, publicado pelo Fórum Econômico Mundial, entre os riscos de curto prazo, desastres naturais e eventos climáticos ocupam o segundo lugar, enfatizando a urgência de ações que possam reverter esse cenário. No mesmo estudo, questões relacionadas à falha na mitigação e adaptação às mudanças climáticas são as prioridades ao avaliar as projeções para os próximos dez anos.
Quando debatemos ESG, sobretudo ao que se refere ao termo environment (meio ambiente), é inerente pensarmos nos impactos da contaminação gerada por resíduos no planeta. Por exemplo, o plástico convencional, um entre os tantos materiais que causam contaminações, pode levar centenas de anos para se decompor, portanto, implementar soluções adequadas de descarte é essencial para preservar a saúde do nosso ambiente. A esse respeito, os avanços em plásticos biodegradáveis têm se mostrado como uma alternativa eficaz e mais amigável para a natureza.
Pelos cálculos do estudo realizado pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, são 3,44 milhões de toneladas de plástico que chegam ao ambiente no país. Isso é um terço de todo plástico consumido no território nacional e que não é reciclado ou reutilizado e acaba poluindo rios e o mar, agravando ainda mais a situação e desequilibrando ecossistemas. As empresas não podem ignorar sua participação dentro deste contexto.
Logo, ao adotar plásticos biodegradáveis, estamos aplicando recursos não apenas em soluções sustentáveis a curto prazo, mas também contribuindo para um futuro mais limpo e equilibrado para nosso planeta. Os custos se transformam em investimento ao meio ambiente e às próprias marcas e empresas que os utilizam, se gerenciados da maneira correta.
Ademais, ao investir em ESG, além de demonstrar alinhamento aos propósitos de preservação ambiental, a empresa se mostra atenta ao que é urgente no mundo moderno, o que contribui para a sua reputação diante de possíveis investidores, aumentando sua visibilidade.
Em um mercado altamente competitivo, empresas se destacam pela percepção que outras organizações e clientes têm sobre ela. Ao escolher comprometer-se com projetos de causa ambiental e assumir uma atuação sustentável, a empresa reafirma seus princípios ao colocá-los em prática por um mundo melhor, e é preciso fazê-lo antes que seja tarde.
Fonte: Ignacio Parada da Fonseca - CEO e fundador da Bioelements, empresa dedicada à produção de alternativas sustentáveis ao plástico convencional.