Mitos e verdades sobre a cidadania europeia




A pandemia impulsionou um aumento significativo na busca de brasileiros por serviços que viabilizam a obtenção da dupla cidadania, especialmente após mudanças legislativas em países como Portugal, que incentivam esse processo. 

De acordo com dados recentes do Eurostat, aproximadamente 20.400 brasileiros garantiram a cidadania italiana ou portuguesa somente em 2021, refletindo um crescimento expressivo nesse interesse. Esse incremento, que ultrapassa os 200%, sinaliza uma tendência crescente na busca pela dupla nacionalidade.

Muitos acreditam que o caminho para consegui-la é simples e rápido, enquanto outros se veem imersos em um labirinto burocrático. A verdade é que obter uma cidadania europeia pode ser uma busca repleta de nuances, prazos e exigências que requerem atenção meticulosa.

Um ponto crucial e muitas vezes negligenciado é a língua. Tirar a cidadania por conta própria exige não apenas compreensão dos trâmites legais, mas também habilidade no idioma local para lidar com os órgãos envolvidos, requisito que pode ser um obstáculo significativo para muitos interessados. Por outro lado, contrariando algumas crenças, a presença física no país não é necessariamente um atalho para a cidadania.

Muitas vezes, há a crença de que estar no local pode acelerar o processo, mas isso nem sempre é verdade. Contar com uma equipe especializada pode ser crucial para evitar surpresas desagradáveis e agilizar o procedimento de forma assertiva. Contar com um profissional pode simplificar o processo, ajudar a cumprir os prazos e os detalhes intrincados dele, tornando o trabalho mais tranquilo e eficiente.

Outro mito é a ideia de que reconhecer a cidadania europeia implica abrir mão da brasileira. Isso não é verdade, já que a legislação brasileira permite a dupla cidadania, desde que originária. Os cidadãos brasileiros têm caminhos específicos para obter a cidadania europeia. Isso pode ocorrer se nascerem no exterior, tiverem ascendência estrangeira, se casarem com um europeu ou se residirem no continente por um período determinado. Cada uma dessas situações tem requisitos próprios de acordo com o contexto e país e precisam ser rigorosamente seguidos para alcançar a cidadania desejada.

A União Europeia consiste em 27 países, cada um com suas próprias diretrizes para conceder a cidadania a estrangeiros. No entanto, há requisitos comuns em quase todas as regiões, como o direito dos descendentes de europeus de obter o documento. Para iniciar o processo, se houver dúvidas sobre a origem familiar, é importante confirmar a nacionalidade dos antepassados. Isso pode ser feito com pesquisas genealógicas, obtendo documentos como certidões de nascimento, casamento e óbito que comprovem a ascendência europeia.


Fonte: Patricia Valentim - Administradora de Empresas com MBA em Marketing pela FGV/SP.