Certificação do leite A2 visa incentivar o consumo de lácteos




Comemorado desde 01 de Junho de 2001, pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial do Leite tem o objetivo de incentivar o consumo de lácteos, alimento de alto valor nutricional: rico em lipídios (gordura), carboidratos, proteínas, sais minerais, vitaminas, cálcio e fosforo. 

Para ampliar esse consumo, o Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, realiza, em seu Laboratório de Genética, análises do leite A2 para certificação do produto.

A partir das análises realizadas no Laboratório de Genética do IZ é possível fazer certificação do leite A2, bem como orientar o produtor rural na formação de rebanho de vacas leiteiras que produzem apenas o leite A2.

O Laboratório de Genética do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Genética e Biotecnologia do IZ desenvolveu uma metodologia que permite a identificação de vacas que produzem leite tipo A2.

O leite A2 é um leite de mais fácil digestão para as pessoas que apresenta algum grau de intolerância à beta casomorfina 7 (BCM-7), que é um produto da digestão da beta caseína A1, sendo uma opção para ingestão de produtos lácteos por essas pessoas.

- Mutação do alelo A1:

Constituindo um alimento fundamental para formação e manutenção dos ossos, formação e manutenção dos tecidos, além de favorecer a visão, crescimento, processos imunológicos, reprodução, e saúde da pele.

Há muitos relatos de pessoas que não consumem o leite por ter alguma dificuldade na sua digestão. Entre as pessoas com intolerância ao leite há um grupo de pessoas que possuem intolerância a beta casomorfina 7 (BCM-7), que é um produto da digestão da beta caseína A1. A presença do alelo A1 da beta caseína está associada a possíveis problemas de inflamação das mucosas gástricas e intestinais neste grupo de pessoas.

Vale ressaltar que existem pessoas com intolerância a outras substâncias do leite, como a lactose. Para estas pessoas o leite A2 não resolveria o problema. O leite A2 melhora a digestibilidade apenas para o grupo de pessoas com intolerância à beta casomorfina 7 (BCM-7).

O alelo A1 é uma mutação do alelo A2 e há animais que não sofreram esta mutação e só produzem beta caseína A2.



Fonte: Anibal Eugênio Vercesi Filho - diretor do CPD Genética e Biotecnologia do IZ.