Contadores, designers, jornalistas, escritores, arquitetos, publicitários... Não são poucos os profissionais que temem que os sistemas de inteligência artificial eliminem suas vagas de trabalho em um futuro nem um pouco distante.
Prova disso é uma pesquisa recente, divulgada pelo Banco Goldman Sachs, que garante que a automação eliminará 300 milhões de postos de trabalho no mundo nos próximos anos. De acordo com o levantamento, as vagas que correm mais risco de desaparecer são as concernentes às áreas de finanças, administração e rotinas de escritório.
Nos países desenvolvidos, a extinção de empregos se dará de forma mais célere do que nas nações emergentes, como o Brasil, por exemplo, onde demorará um pouco mais para os robôs substituírem a mão de obra humana, mas isso não significa que, por aqui, estamos em situação de vantagem em comparação com o restante do mundo. Pelo contrário: enquanto em uma escala global a exclusão de empregos se mantém na casa de 18%, o Goldman Sachs prevê que, para o Brasil, o percentual será de 23%.
E agora o que estamos observando é que, com a ampliação do uso do ChatGPT, a ferramenta que, em formato de texto e voz, responde perguntas, elabora textos, produz imagens e cria traduções, muitas pessoas estão em pânico. Inclusive, o que as pessoas estão mais se perguntando hoje é: ‘será que vou perder meu trabalho para uma máquina?’”, observa Filipe Bento, CEO da Br24, a maior parceira da plataforma Bitrix24 da América Latina.
- Dois pesos e uma medida:
A respeito do assunto “empregos x inteligência artificial”, existem dois grupos contraditórios. O primeiro vê como tragédia a substituição da mão de obra humana pelos robôs.
Por outro lado, o segundo time pensa que os instrumentos digitais, ao passo que extinguirão sim alguns campos de trabalho, contribuirão para que surjam outras novas áreas. E isso, além de compensar as perdas de vagas, assentirá para um verdadeiro boom no desenvolvimento social e econômico.
Entre as atividades que ganharão cada vez mais espaço no mercado, destaque para a engenharia de robótica, cujas pessoas serão responsáveis por arquitetar e desenvolver robôs cada vez mais autônomos e sofisticados; especialistas em chatbots, requisitados para desenvolver e aprimorar sistemas de conversas via texto ou voz com os usuários; experts em tradução automática, o que demanda colaboradores capazes de conceber processos de IA (inteligência artificial) que traduzem com excelência textos nos mais diversos idiomas. Ademais, o mercado já sofre da carência de profissionais que entendem de automação de metodologias de IA, cibersegurança, bem como coleta, interpretação e análise de dados para gerar insights valiosos para as empresas.
É importante que tenhamos em mente que uma ferramenta de IA, sem o humano, de nada vale. Ou seja: estamos falando de sistemas que atuam como ajudante das pessoas em algumas tarefas, reduzindo processos repetitivos e burocráticos, diminuindo erros e falhas, eliminando o retrabalho e permitindo uma melhor organização interna. Tudo com o propósito de entregar um produto ou serviço de mais qualidade ao cliente final. De forma alguma podemos pensar a inteligência artificial como uma ameaça aos empregos.
Por fim, ele pensa que como as máquinas são incapazes de ter criatividade, pensamento, emoção e até mesmo desenvolver soluções inovadoras, que compreendam e atendam a atualidade, a presença do ser humano sempre se fará necessária para as funções de gerência, planejamento, coordenação e criação. É claro que haverá mudanças, e tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas devem estar preparadas.
Neste sentido, elenco as seguintes dicas para que ninguém fique no prejuízo.
- Inicie progressivamente:
Ao começar, é essencial fazer isso em uma pequena escala. Assim, o processo de adaptação é mais simples e não há o risco de interferência ou paralisação de outros processos do negócio. Aos poucos, empresa e colaboradores vão aprendendo a conviver com a IA.
- Identifique os segmentos de implantação:
Para efetuar a transformação digital com êxito, é recomendável saber reconhecer os setores em que as ferramentas necessitam ser sobrepostas. Para isso, é necessário avaliar as minuciosidades das áreas que serão mais beneficiadas com a implementação digital.
- Treinamento da equipe:
De nada serve ter as mais modernas ferramentas de IA se os colaboradores não forem devidamente capacitados para tirar a máxima vantagem delas.
- Contar com o auxílio de especialistas no assunto:
Além de trabalhar no desenvolvimento de algoritmos, um especialista no assunto pode ajudar o gestor a enxergar os departamentos mais carentes da inteligência artificial, e ainda atuar no gerenciamento e na manutenção dos dispositivos.
