Qual a melhor estratégia de pagamento para as dívidas do começo de ano?



O início de todo ano é marcado por uma preocupação do brasileiro, a chegada de dívidas típicas desta época, que impactam no orçamento. IPVA, IPTU, matrícula e material escolar, renovação de seguros, fatura de cartões, entre outras. Por isso, sempre existe a necessidade de se organizar, já contando com esses gastos.

Essas despesas geralmente não afetam demais o orçamento de quem já possui familiaridade com ferramentas de controle de orçamento pessoal, uma vez que os “imprevistos” são enxergados com antecedência. Com o diagnóstico de suas finanças em mãos, será mais fácil saber o que deve ser feito, se é cortar gastos não essenciais ou buscar uma renda extra.

Outra dúvida que paira na cabeça do contribuinte é: qual a melhor forma de pagamento? Em qual vou ter mais vantagens? Vale a pena aproveitar o desconto oferecido nos pagamentos à vista?

Esta não é uma resposta simples e exige alguns pontos de vista. Para quem está com as contas em dia e tem espaço no orçamento, o mais vantajoso pode ser pagar os impostos à vista, isso porque, o valor do desconto pode ser maior que o rendimento deste capital alocado em aplicações de curto prazo. 

Já para quem não possui todo o valor, aí é melhor, claro, dividir o total devido e pagar as parcelas em dia, opção essa que sai ainda mais em conta do que fazer uma dívida (pegar um empréstimo) para realizar o pagamento à vista.

Ele ainda ressalta que o aconselhável é não retirar capital de uma reserva de emergência que tenha para o pagamento destes impostos à vista. Isso pode afetar e até descapitalizar frente a um imprevisto que por ventura aconteça.

Caso você opte pela escolha de pagar parcelado, o ideal é inserir essa despesa como uma conta fixa ao longo dos meses em que as parcelas durarem. Assim como as contas de energia, água, entre outras. No entanto, se você considera mais vantajoso e prático pagar os valores à vista, a sugestão pode ser o preparo antecipado de uma poupança para ajudar a honrar estas obrigações, seja com parte do 13º terceiro, seja com seus próprios rendimentos ao longo do ano anterior.

Seja qual for a forma que escolha, para Victorino, o primeiro passo é sempre tê-la elencada no seu orçamento mensal. Mesmo que não seja um gasto mensal contínuo, esses impostos (IPTU, IPVA) e despesas típicas do período (matrícula, compra de materiais escolares, renovação de seguro) são recorrentes em base anual, e isso deve ser levado em conta no seu planejamento do ano.



Fonte: João Victorino - administrador de empresas e especialista em finanças pessoais. Formado em Administração de Empresas e com MBA pela FIA-USP.