Férias movimentam empreendimentos de multipropriedade e timesharing pelo país




Já não é de hoje que o mercado de multipropriedade e timeshare tem alavancado o setor imobiliário com novas construções e mudanças de posicionamentos no ramo hoteleiro no Brasil, por possuir uma visão inovadora de economia inteligente, ser comercialmente vantajoso e estar em alta em todo o mundo. Com crescimento de 137% nos últimos quatro anos, o setor movimentou mais de R$ 28 bilhões em 2021. 

“Mesmo sendo atualmente uma excelente alternativa de negócio, os empreendedores não podem simplesmente se aventurar no segmento sem um embasamento correto de como ele funciona Por isso, percebemos em nossa empresa, que trabalha com gestão 360°, uma procura maior pelos nossos serviços, que vai desde a implantação completa, arquitetura, regularização jurídica, administração, consultoria e comercialização”, explica Clóvis Meloque, que é sócio de Fabiano Cordaro na startup SmartSharing.

Ele explica que a empresa se tornou, em 2017, a primeira plataforma multidestinos urbanos no país e conta com um time de profissionais com mais de 30 anos de experiência no desenvolvimento de soluções sob medida para incorporadoras ou rede hoteleiras. 

“Hoje administramos duas propriedades próprias em São Paulo, na Bela Vista e na Vila Olímpia, e prestamos serviços de gestão e consultoria para vários outros empreendimentos, como a multipropriedade do Maranduba Beach Resort Club, de Ubatuba, que está em fase de implantação da área comercial virtual e estande na praia; em São Sebastião comercializamos a multipropriedade do recém-implantado hotel Delta Maresias e, também, estamos atuando com o modelo timeshare no Delphin Surf Hotel, no Guarujá, entre outros”, detalha.

O empresário explica a diferença entre os dois conceitos de produtos no mercado imobiliário: “O sistema multipropriedade — onde um mesmo imóvel possui múltiplos proprietários e cada um é responsável por uma fração do valor total da propriedade —, tem adesão segura e formalizada por meio de escritura devidamente registrada, com domínio sobre o bem em datas pré-determinadas ao decorrer do ano, dividindo os custos do imóvel. 

Já o timeshare — um sistema de viagem do tipo uso compartilhado — é baseado no modelo de economia colaborativa, ou seja, adesão por contratos de Direito de Uso, no destino desejado e com todo conforto e comodidade de serviços hoteleiros. Nesse modelo é permitido a hospedagem utilizando o Sistema de Reservas On-line para selecionar as diárias”, explica.

Segundo Marcos Beck, que é administrador na empresa, o perfil de quem busca o serviço de gestão terceirizada, consultoria e comercialização de multipropriedade são as empresas administradoras de hotel e incorporadores. 

“Isso acontece porque quem está entrando neste mercado agora precisa conhecer a fundo a lei que rege o segmento, para seguir as fases que terá que percorrer para se desenvolver de forma correta. Ele precisará de um arquiteto, de um consultor, de um advogado, de uma gestão assertiva e, também, da parte comercial, entre outras coisas. Para tanto, precisará contar com uma empresa parceira, que conte com todas essas soluções e principalmente seja especializada no mercado. Lembrando que por ser muito novo no Brasil, o setor ainda é bastante desconhecido”, completa.

Segundo Meloque, o crescimento do setor tende continuar com a grande retomada do turismo: Isso porque, depois de um longo período de confinamento durante a pandemia, as pessoas passaram a valorizar e investir mais em qualidade de vida, viagens e lazer. Dessa forma, o mercado de compartilhamento se consolida como uma alternativa importante para o setor imobiliário, atendendo à demanda de mercado. Além disso, a multipropriedade oferece às pessoas a oportunidade de se tornarem proprietárias de confortáveis apartamentos em belas praias e localizações, com fracionamento no valor da propriedade e nas despesas de manutenção, limpeza, entre outros.



Fonte: Rebeca Queiroz