Semana Nacional de Educação Financeira promove ações gratuitas




Organizada pelo Fórum Brasileiro de Educação Financeira, a Semana Nacional de Educação Financeira promove ações gratuitas de educação financeira, previdenciária, securitária e fiscal em todo o país. Entre os dias 12 e 18 de dezembro, a 9ª edição do evento apresenta calendário com iniciativas de pessoas, empresas, instituições e órgãos do governo federal, com foco na resiliência financeira.

“O objetivo dessa semana é fortalecer a cidadania, promover mais consciência entre os consumidores e, consequentemente, fortalecer o sistema financeiro nacional”, afirma a diretora da Fundación MAPFRE no Brasil, Fátima Lima. A organização integra a Semana Nacional com campanha online e dicas sobre como as famílias podem se organizar melhor para o equilíbrio das contas a curto, médio e longo prazo.

Nesse sentido, incluir as férias - tão desejadas e muitas vezes não concretizadas – no planejamento financeiro é fundamental. Isso envolve definir o objetivo a ser atingido e identificar o risco de as coisas não saírem conforme desejado. Além disso, ser capaz de antecipar desvios e problemas que possam surgir possibilita desenvolver alternativas e soluções para concretizar tais metas.

A seguir, confira oito passos que podem ser incluídos no planejamento financeiro para garantir as férias de fim de ano:

- Defina o destino:

É muito comum que as famílias não façam um planejamento prévio, mesmo quando decisões importantes são tomadas. É o famoso “deixa a vida me levar”! Mudar o “chip” não é fácil. É preciso dedicar tempo pesquisando, pensando e planejando. A boa notícia é que todo esse esforço compensa, pois além de aumentar as chances de atingir o objetivo final, a jornada fica mais tranquila.

O planejamento começa definindo os objetivos: qual o destino desejado? Qual a duração da viagem? Quais experiências são esperadas? Registre essas informações, pois servirão de guia ao longo do exercício.

- Reúna informações sobre o local e a época do ano:

Esse passo consiste na pesquisa e coleta de informações, aumentando o conhecimento sobre o tema e trazendo informações relevantes para o processo. Cuidado com a fonte da informação usada! Busque sempre referências sobre o autor e procure validar a informação pesquisando outras fontes confiáveis. Afinal, informações falsas, erradas e até mesmo maliciosas (fraudes e crimes) trafegam livremente pela rede.

A consulta pode ser feita em sites oficiais da cidade/país, páginas de agências de viagens, guias especializados e blogs de viajantes, identificando-se: a melhor época para visitar o local, como chegar lá, onde se hospedar, a melhor forma de se locomover, os pontos turísticos para visitar, lugares interessantes para conhecer, o que e onde comer, etc. 

- Se prepare para alterações:

Com a pesquisa é possível identificar ajustes e alterações significativas no plano. Pode-se descobrir que a viagem sonhada não era exatamente o que se esperava ou, que não é o momento certo para fazê-la. Esse é o principal benefício do planejamento: conhecer o caminho antes de tomar a decisão e embarcar na jornada.

- Inicie a etapa financeira:

Após as definições, vem a etapa financeira realizada com uma importante ferramenta chamada orçamento. Através dela todas as despesas necessárias para a realização do objetivo são apuradas. Algumas são facilmente identificadas na pesquisa como, por exemplo, os gastos com transporte, hospedagem e aluguel de veículos.

Outras envolvem estimativas ou pesquisas específicas, como é o caso dos passeios turísticos, gastos com alimentação, compras locais, deslocamentos etc. Quanto mais detalhado e abrangente for o orçamento, melhor. Inclua sempre uma margem de segurança: algo entre 10% e 20% costuma ser suficiente se o planejamento e o levantamento dos gastos foi bem feito. Considere também incluir proteções, como um seguro viagem.

- Defina de onde virá o dinheiro:

Com o orçamento em mãos, chegou a hora crítica: definir de onde virá o dinheiro. Uma viagem deve ser financiada preferencialmente com a economia das rendas. É a tática de colocar a cenoura na frente, ou seja, definir o objetivo e trabalhar para alcançá-lo. Isso ajudará a manter as finanças pessoais em ordem e evitará o endividamento com juros (crédito).

Quanto maior a antecedência do planejamento, mais tempo para poupar e menor o sacrifício financeiro necessário. O ideal é começar a planejar as próximas férias logo que as atuais terminem. Isso ajudará também a reduzir os gastos, uma vez que a compra de passagens aéreas, hospedagem e aluguel de veículos costumam oferecer preços mais atrativos para reservas antecipadas.

- Considere a cotação da moeda estrangeira:

Essa mesma lógica serve para a compra de moeda estrangeira, em caso de viagens internacionais. Como é muito difícil prever a cotação futura, o ideal é calcular o valor necessário para toda a viagem e ir comprando a moeda ao longo do tempo. Dessa forma, cria-se um preço médio que reduz os efeitos das oscilações e diminui o risco da aquisição da moeda em períodos de estresse.

- Não tenha medo de ajustes:

Um ponto fundamental é ater-se ao planejamento e ao orçamento. Mantenha os gastos sob controle e dentro dos limites previstos. Caso a situação financeira mude durante o processo, revise o plano promovendo os ajustes necessários. Mudar a categoria da hospedagem, diminuir os dias de viagem, reduzir os passeios e as refeições em restaurantes são algumas alternativas. Em casos mais extremos pode ser melhor postergar ou substituir a viagem.

“Saber como funciona o dinheiro, realizar planejamentos e investimentos, com metas e boas escolhas, contribui para a saúde financeira das famílias e do país. Isso serve para todas as decisões importantes da vida, inclusive para concretizar as férias dos sonhos”, defende Fátima Lima.

 
Fonte: Fundación MAPFRE