EUA estão monitorando o segundo turno das eleições no Brasil

                     

                      


O Brasil decide no próximo dia 30 de outubro, em segundo turno, seu futuro presidente e também os próximos governadores em doze estados. E as atenções para o pleito que deverá decidir os próximos mandatários no país concentra as atenções não só da mídia e autoridades brasileiras, como também dos Estados Unidos.

Segundo a a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, o governo americano está monitorando com muito interesse as eleições por aqui e que “Os EUA confiam na força das instituições democráticas brasileiras, o Brasil tem um histórico de eleições livres e justas, conduzidas com transparência e altos níveis de participação dos eleitores”.

Independentemente do resultado, os americanos irão acompanhar de perto os resultados das eleições em segundo turno do Brasil. Para muitos políticos americanos os resultados das urnas no Brasil são fundamentais para saber qual será o papel do nosso país em suas relações diretas com a Casa Branca. Mesmo sendo países que competem em commodities, na venda por exemplo de soja ou carne bovina, os americanos enxergam com preocupação o avanço da China na compra de produtos brasileiros nesses últimos anos, o que para os americanos parece ser uma interferência em sua chamada zona de influência.

Os americanos também estão atentos na questão de uma possível ruptura democrático, mesmo com as seguidas falas do atual presidente colocando em xeque o sistema eleitoral, os americanos enxergam como um aceno ao que aconteceu com o fim do governo Trump, mas que não deve acontecer nenhuma tentativa de golpe, caso o candidato opositor vença as eleições.

Muitos políticos americanos enxergam o atual presidente como uma versão tropical do Trump, existe um certo temor por parte da classe política daqui, que o Brasil tenha problemas de extremistas, como foi no 6 de janeiro de 2021, mas a maioria acredita que independente do resultado das urnas, a ordem democrática será mantida. Eles enxergam semelhanças entre os candidatos do Brasil com as eleições americanas, mas não acreditam em nenhum tipo de ruptura democrática. Eles acreditam que o Brasil internacionalmente só terá a perder e que os políticos brasileiros não irão querer pagar essa conta.

Independente de quem vença as eleições, o governo norte-americano tem a plena convicção de que o Brasil será um grande jogador internacional nos próximos anos, com quem os EUA precisam trabalhar de forma conjunta.


Fonte: Leonardo Leão - especialista em Direito Internacional