Hoje, 27 de setembro, é celebrado o Dia Mundial do Turismo. Mas será que o setor tem o que comemorar? Os dados referentes às viagens internacionais indicam que sim.
Segundo uma pesquisa da B2Gether, empresa especializada em operações de câmbio, o número de transações envolvendo câmbio turismo no Brasil cresceu quase 300% no primeiro trimestre de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado.
O levantamento também mostra que, entre as moedas estrangeiras mais negociadas no País, o dólar americano está na liderança, sendo responsável por mais de 50% de todas as operações realizadas por brasileiros.
Com tanta gente retomando as viagens ao exterior e procurando cada vez mais pela moeda dos Estados Unidos, decidimos conversar com o CEO da B2Gether, Diego Zia, para coletar dicas de como é possível conseguir melhores cotações na compra de dólar. Veja a seguir!
1. Planejamento é essencial
Para o especialista, antes de qualquer atitude é necessário planejar bem a viagem. Assim, é possível saber quantos dólares o turista vai precisar levar.
“Tudo começa pelo planejamento. Para comprar dólar, é preciso saber a quantidade. E como se sabe essa informação? Estimando o quanto se vai gastar, cujos custos envolvem alimentação, hospedagem, passeios, transporte etc.”, observa Zia.
Projetar a quantia de moeda estrangeira é fundamental para evitar comprar volumes muito excedentes ou aquém do necessário. Ambos os casos podem gerar prejuízos financeiros.
2. É importante acompanhar as notícias sobre câmbio
Outra dica importante abordada pelo CEO da B2Gether para comprar dólar com mais economia é acompanhar o noticiário sobre câmbio. Ao buscar informações sobre a taxa do dólar, as movimentações do mercado financeiro e as crises globais, o turista consegue prever os melhores e piores momentos para adquirir a moeda.
“Uma crise econômica internacional desencadeada por algum evento ou mesmo uma fala mal colocada por algum governante podem impactar o preço do dólar e levar a cotação da moeda às alturas”, afirma. “Na imprensa, há muitos veículos que divulgam relatórios e comentários de especialistas sobre os eventos que influenciam a alta ou a queda da moeda americana. Vale a pena ficar de olho”, complementa.
Para economizar na compra do dólar, é essencial adquirir a moeda quando ela estiver em baixa frente ao real.
3. VET, guarde essa sigla
Quem tem o costume de comprar moeda estrangeira já está mais familiarizado com essa sigla. VET significa Valor Efetivo Total de uma operação de câmbio, representando todos os custos que incidem sobre a compra do dólar, por exemplo.
“É muito importante ficar de olho no VET e comparar os valores em diferentes instituições financeiras. Esse valor inclui os impostos, a taxa de câmbio e o spread. Sabe a taxa cambial que a gente consulta no Google? Ela não reflete o valor total de uma operação de câmbio turismo. As pessoas conseguem essa informação perguntando às instituições”, pontua Diego Zia.
4. Não compre dólar de uma vez só
Na hora de planejar uma viagem internacional, é preciso controlar a ansiedade e não comprar dólar em uma única dose. Para o especialista, além de seguir as dicas anteriores, a melhor tática é adquirir a moeda aos poucos até a hora do embarque.
“Eu sei que não é fácil conter a ansiedade no momento de comprar todos os dólares necessários, ainda mais quando se vê notícias de que a taxa do câmbio caiu. Mas a estratégia mais recomendada é comprar aos poucos, porque assim o turista consegue pagar um preço médio e se proteger das oscilações cambiais”, orienta Zia.
5. Evite comprar dólar paralelo
O CEO da B2Gether também afirma que comprar dólar paralelo é um péssimo negócio. “Muita gente se vê atraída pelas cotações praticadas nesse nicho, mas o que as pessoas precisam saber é que operar câmbio nesse mercado é crime. Além disso, é muito arriscado, o turista pode ser enganado e receber notas falsas, por exemplo.
Diego Zia, que publicou recentemente um artigo sobre como comprar dólar sem precisar sair de casa, aponta ainda mais duas dicas extras.
“Para quem deseja economizar na hora de comprar dólar, é essencial não fazer a aquisição no aeroporto, momentos antes de embarcar, nem deixar para fazer o câmbio no país de destino. O melhor é comprar antes, aos poucos, com base em um planejamento financeiro bem elaborado”, conclui.
Fonte: Gustavo Silva