A escolha da carreira profissional mudou consideravelmente nos últimos 30 anos

                     


Atualmente é a pessoa quem decide qual trilha deseja seguir e não mais a empresa que traçava um plano de evolução profissional. E com o processo de digitalização, surgiram inúmeras possibilidades. Entretanto, não se pode garantir que uma escolha, por mais consciente que seja, será um sucesso total e inequívoco do indivíduo, uma vez que existem muitos elementos agregados a isso.

De acordo com Juliaine Cunha, coordenadora comercial do software de recrutamento e seleção da abler, startup que tem como propósito conectar empresas e candidatos, é importante avaliar a escolha de carreira sob vários vieses e não apenas o financeiro ou exclusivamente o emocional. “Por isso, uma boa pesquisa e uma avaliação cumulativa de todas as variáveis disponíveis são importantes para que a tomada de decisão seja a mais acertada possível”, comenta.

Para quem está ingressando na universidade, a especialista separou cinco dicas básicas para acertar na carreira

Quando falamos sobre carreira, é importante esclarecer que estamos vivendo um período extremamente volátil em termos de mercado. Nunca tivemos um ritmo tão rápido de defasagem de algumas posições de trabalho e de criação de outras. Por isso, a primeira dica é que a pessoa avalie quais são as perspectivas de mercado para o curso escolhido;

É sempre uma boa ideia conversar com profissionais e estudantes da mesma área, para buscar compreender como as coisas funcionam na prática e se aquilo faz sentido para a sua trajetória;

Outro ponto a se considerar é que os mesmos cursos podem prover resultados bem diferentes, a depender da instituição. Então é importante pesquisar sobre o conceito daquela graduação na universidade visada. Nada disso fornece garantia, mas é uma segurança a mais;

Há questões pessoais que também precisam ser avaliadas em paralelo aos pré-requisitos daquela carreira. Por exemplo, existem carreiras que dependem inequivocamente de viagens constantes; outras, de plantões em horários não convencionais. É preciso avaliar se a pessoa está disposta a se adaptar ao que o caminho profissional lhe exigirá;

Por fim, e não menos importante, buscar autoconhecimento. As dicas anteriores foram voltadas a critérios externos mas, para que uma pessoa possa avaliar se uma escolha faz sentido para a sua vida, é indispensável que conheça a si mesma, suas características, seus valores e seus objetivos.

Os aspectos que fazem saber se está no caminho certo ou não variam de pessoa para pessoa. Inclusive elas podem ter propósitos diferentes ao longo da vida. De qualquer forma, consultar um profissional certificado que ajude a conduzir testes vocacionais de acordo com certos critérios e objetivos traçados pode ajudar muito.

É preciso ter cuidado, no entanto, com testes rápidos e de fácil aplicação por conta própria. “Uma pessoa não consegue separar integralmente o seu lado pessoal do profissional. Sendo assim, inevitavelmente haverá um conflito emocional e psicológico muito grande com uma escolha equivocada, que pode até mesmo levar a quadros como burnout e depressão, por exemplo”, comenta.

Ainda assim, é preciso também manter os pés no chão e entender como a vocação pode estar alinhada às tendências do mercado. Isso se consegue com muita pesquisa. O lado positivo é que vivemos com acesso fácil a todo tipo de informação e estudos. Vale também buscar as vagas frequentes que as grandes empresas da área divulgam, para se ter uma ideia de como anda o mercado no segmento.

Fonte: Abler