De drinks a chá da tarde, vivencie a sofisticação francesa

                                                          


A mistura precisa de tequila, mezcal e pimenta leva ao México, a cada gole do Siente el Agave. No copo de Seppuku, o Japão é o destino, em doses de sakê com notas cítricas de yuzu. As viagens etílicas idealizadas por Jeremy Blanc, chef barman do Le Burgundy Paris, propõem uma volta ao mundo sensorial, sem sair do 1º arrondissement.

As águas agitadas da Cidade do Cabo, na África do Sul, são a inspiração para a reunião de Fynbos Gin, abacaxi e abacate. A personalidade do arak, bebida típica do Oriente Médio, soma-se a especiarias para dar potência ao Arak Mazij. Fã de rock e cultura pop americana, Blanc não deixaria os Estados Unidos de fora. Aposta no Gumbo Style como autêntico representante do paladar cajun da Louisiana. 

Para quem prefere os clássicos, Negroni e Old Fashioned — drink predileto do barman — estão entre as tradicionais combinações presentes na carta do Le Charles. Desde 2018, quando o bar foi reaberto, ele assina a lista de coquetéis.

Enquanto a mixologia de Blanc revela-se cosmopolita, Pascal Hainigue é um exímio seguidor da escola francesa de pâtisserie. O chef é a mente criativa por trás das sobremesas servidas no restaurante Baudelaire e no prestigiado chá da tarde do Le Burgundy. A missão de Hainigue era renovar essa saborosa tradição do hotel parisiense. Entre as atuais delícias figuram praliné de amêndoas, religieuse com caramelo picante e shiso de abacaxi. Exaltada no Salão do Chocolate de 2018, a tartelette recheada com caramelo e baunilha é preparada com chocolate Arriba 75%.



As valiosas criações agora são expostas em uma vitrine que lembra as das joalherias da Place Vendôme, endereço mais luxuoso de Paris, a poucos passos do hotel. Nas mesas, novos suportes minimalistas valorizam a arquitetura da pâtisserie de Hainigue. Além da vitrine e da apresentação, o hotel traz mais novidades nesta primavera europeia. Esse prazer gustativo não precisa se encerrar no chá da tarde. É possível encomendar os doces, levados em embalagens com o requinte da assinatura Le Burgundy.

As presenças de Pascal Hainigue e Jeremy Blanc contribuíram para elevar ainda mais a experiência no hotel parisiense. As invenções de ambos são tão plenas de sabor quanto de refinamento estético, em harmonia com a sofisticação vivenciada pelos hóspedes. Erguido em 1850, o Le Burgundy foi reaberto em 2010 após dois anos de extensa reforma. No projeto do arquiteto e design de interiores Patrick Juliot foram elaboradas suítes novas, elegantemente decoradas e com nomes inspirados pela atmosfera mais chic da capital da França.

Sem excessos, mobiliário e objetos transmitem o conceito de residência, em contraposição à impessoalidade de uma hotelaria convencional. A comunhão das suítes Ópera e Tuileries resultou na criação da Petite Maison. A proposta de Juliot preservou a independência de cada uma das acomodações. Quando conectadas, elas se transformam em uma ampla e convidativa vivenda parisiense, cuja sala de jantar aberta para o terraço pode receber até seis pessoas.



Dividida em dois níveis, a parte superior da Petite Maison preserva toda a privacidade que uma residência requer, com quarto confortável e banheiro espaçoso, valorizados pela qualidade dos materiais utilizados na decoração. 

Tudo elaborado para que o hóspede desfrute de agradáveis momentos em família e ou entre amigos, sempre sob os cuidados que caracterizam os serviços do Le Burgundy Paris, de modo que sua passagem por esse ícone da elegância francesa se converta em uma experiência virtuosa e enriquecedora.


Fonte: Daniel Ramirez