Sabemos que a expressão “jeitinho brasileiro” é empregada quando alguém age por meio de manobras para se beneficiar e se dar bem a todo custo. Apesar de ser uma característica da cultura do nosso país, para muitos estudiosos ela é até mesmo a porta de entrada para a corrupção.
A tese de doutorado do juiz da 16ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do RN e professor Jarbas Bezerra, apresentada em fevereiro deste ano no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGEd-UFRN), tratou da temática, defendendo que há males culturais decorrentes da (des)educação cidadã.
A sua pesquisa usou personagens famosos como Zé Carioca (um reconhecido malandro), Macunaíma (herói sem nenhum caráter) e até músicas populares, como Lôraburra, de Gabriel O Pensador (que insulta a mulher loira e a rebaixa), para exemplificar essas manifestações culturais.
Para Jarbas, esses e outros exemplos causam desastrosas consequências na formação cidadã, gerando males culturais que deformam o pensamento coletivo, sendo necessária a sua desconstrução através da implementação da cidadania como ciência jurídica.
A partir de uma grande pesquisa, Jarbas Bezerra criou uma abordagem teórica inédita chamada Teoria Jurídica Universal da Cidadania (TEJUC), em inglês Universal Legal Theory of Citizenship, na qual é enfatizada a importância da conduta cidadã para que a cidadania se efetive. É a primeira vez que a cidadania é vista como ciência jurídica no âmbito acadêmico mundial.
É importante destacar que o juiz vê a cidadania como algo coletivo, uma construção de todos e uma forma de ver o mundo. Ao apresentar sua tese em fevereiro, Jarbas encerrou declarando que somente através do estudo é possível transformar a nossa sociedade - essência da cidadania.
Para a professora, a pesquisa teve um tema muito importante e necessário, e Jarbas foi muito persistente em prosseguir com suas investigações, trazendo muitas contribuições para a ciência.
A pesquisa de Jarbas, vista como inovadora pelos membros de sua banca de doutorado, composta por doutores brasileiros e estrangeiros, incluindo a professora doutora Paquita Sanvicen, da Universidade de Lérida - Espanha, foi bastante elogiada e chegou a ser recomendada à submissão ao Prêmio Capes de Teses, feito bastante raro.
O professor doutor em Educação Walter Pinheiro, da UFRN, destacou a ousadia e a coragem da pesquisa de Jarbas ao construir uma teoria única e disse que ela vai muito além do que está escrito, extrapolando os muros da Universidade e chegando justamente à sociedade.
Já o professor Guilherme Santos, também doutor em Educação da UFRN, teceu uma série de elogios à tese, formulou várias contribuições e recomendou a publicação da tese em livro, tendo em vista a importância do tema e da pesquisa executada. Ele destacou o caráter inovador da abordagem, apontando os diferenciais e os avanços teóricos alcançados com os estudos desenvolvidos por Jarbas.
Para Jarbas Bezerra, o reconhecimento ao seu trabalho acadêmico e a conquista do doutorado com uma tese inédita são motivadores para que persista nos estudos na área e, principalmente, na divulgação dos conceitos de cidadania.
Fonte: Juiz Jarbas Bezerra, doutor em Educação e criador da Teoria Jurídica Universal da Cidadania
A tese de doutorado do juiz da 16ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do RN e professor Jarbas Bezerra, apresentada em fevereiro deste ano no Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (PPGEd-UFRN), tratou da temática, defendendo que há males culturais decorrentes da (des)educação cidadã.
A sua pesquisa usou personagens famosos como Zé Carioca (um reconhecido malandro), Macunaíma (herói sem nenhum caráter) e até músicas populares, como Lôraburra, de Gabriel O Pensador (que insulta a mulher loira e a rebaixa), para exemplificar essas manifestações culturais.
Para Jarbas, esses e outros exemplos causam desastrosas consequências na formação cidadã, gerando males culturais que deformam o pensamento coletivo, sendo necessária a sua desconstrução através da implementação da cidadania como ciência jurídica.
- Teoria Jurídica Universal da Cidadania (TEJUC)
Para o juiz, é preciso se dar a importância devida à cidadania, um tema já bastante desgastado e que caiu no senso comum, sendo minimizado. Sua proposta é vê-la enquanto ciência, observando especialmente como ela colabora com o desenvolvimento da sociedade.A partir de uma grande pesquisa, Jarbas Bezerra criou uma abordagem teórica inédita chamada Teoria Jurídica Universal da Cidadania (TEJUC), em inglês Universal Legal Theory of Citizenship, na qual é enfatizada a importância da conduta cidadã para que a cidadania se efetive. É a primeira vez que a cidadania é vista como ciência jurídica no âmbito acadêmico mundial.
É importante destacar que o juiz vê a cidadania como algo coletivo, uma construção de todos e uma forma de ver o mundo. Ao apresentar sua tese em fevereiro, Jarbas encerrou declarando que somente através do estudo é possível transformar a nossa sociedade - essência da cidadania.
Teoria foi apresentada a banca internacional
A orientadora da tese de doutorado de Jarbas, a professora doutora Betânia Ramalho, conduziu a apresentação da tese, que aconteceu de forma híbrida: alguns membros estavam presencialmente, nas dependências físicas da UFRN, e outros de forma online, por meio de conferência.Para a professora, a pesquisa teve um tema muito importante e necessário, e Jarbas foi muito persistente em prosseguir com suas investigações, trazendo muitas contribuições para a ciência.
A pesquisa de Jarbas, vista como inovadora pelos membros de sua banca de doutorado, composta por doutores brasileiros e estrangeiros, incluindo a professora doutora Paquita Sanvicen, da Universidade de Lérida - Espanha, foi bastante elogiada e chegou a ser recomendada à submissão ao Prêmio Capes de Teses, feito bastante raro.
Ineditismo na abordagem do tema
O professor português Luís Alcoforado, da Universidade de Coimbra, também doutor em Educação, foi membro da banca avaliadora da tese e destacou que Jarbas tratou a pesquisa como missão, porque contribuiu muito com o ineditismo na abordagem do tema. "Quero dar os parabéns a Jarbas por duas coisas: primeiro pelo tema escolhido, que é realmente muito pertinente. Depois, pela ambição que demonstrou no tratamento desse tema", disse o pesquisador de Portugal.O professor doutor em Educação Walter Pinheiro, da UFRN, destacou a ousadia e a coragem da pesquisa de Jarbas ao construir uma teoria única e disse que ela vai muito além do que está escrito, extrapolando os muros da Universidade e chegando justamente à sociedade.
Já o professor Guilherme Santos, também doutor em Educação da UFRN, teceu uma série de elogios à tese, formulou várias contribuições e recomendou a publicação da tese em livro, tendo em vista a importância do tema e da pesquisa executada. Ele destacou o caráter inovador da abordagem, apontando os diferenciais e os avanços teóricos alcançados com os estudos desenvolvidos por Jarbas.
Para Jarbas Bezerra, o reconhecimento ao seu trabalho acadêmico e a conquista do doutorado com uma tese inédita são motivadores para que persista nos estudos na área e, principalmente, na divulgação dos conceitos de cidadania.
“A cidadania é fundamental para termos uma sociedade melhor, e deve ser discutida, ensinada, deve ser um tema constante na academia e nas escolas”, ressalta.