Natal patagônico tem gastronomia, paisagens estonteantes e kitesurf


Patagônia no Natal é um destino que tem opções para todos os tipos de viajantes, do familiar ao aventureiro, passando pelo gourmet e o observador da natureza. O difícil é escolher os destinos a visitar. Nessa época muitos brasileiros costumam procurar Bariloche, que tem atrações tradicionais e conhecidas.

A árvore de Natal no Centro Cívico foi acesa no dia 08, inaugurando a decoração festiva que realça a arquitetura da cidade e marca o início da temporada das festas, com um clima alegre e aconchegante. No final do ano há concertos ao ar livre e corais natalinos na catedral.

Quem viaja nessa época não procura agito e baladas, mas sim um ambiente romântico ou familiar, embalado pelas paisagens deslumbrantes e a gastronomia de altíssimo nível. Quem viaja com as crianças aproveita para visitar Papai Noel na casinha em que ele faz plantão, ou ver o presépio vivo no centro. Diversos restaurantes da cidade programam ceias de Natal e de Reveillon.

No verão a neve dá lugar a outras atividades outdoor. O visual do Parque Nacional Nahuel Huapi está logo ali, com opções de passeios para observar a paisagem e a natureza tranquilamente. E também buscar diversões de aventura como trekking, arvorismo, mergulho nos lagos, escalada, mountain bike, andar de caiaque ou praticar kitesurf.

Ao longo dos mais de 7 mil km2 do parque, há outros destinos e paisagens - quanto mais longe das grandes cidades, maior a tranquilidade e a diversidade de cenários. A apenas 50 minutos do Aeroporto de Bariloche, também dentro do Parque Nacional, fica Villa La Angostura, uma pequena e aconchegante cidade.

No inverno sua principal atração é o centro de esqui de Cerro Bayo, com suas mais de 20 pistas sinalizadas. No verão ele atrai atividades ao ar livre, com sua vista fantástica, com direito a trekking e observação da fauna e da flora. Mas muitos preferem a água às montanhas, e optam pelas diversas opções de passeios de barco, ou simplesmente comer e beber vinho ou cerveja nos bares próximos ao porto. 

Para quem gosta de fazer piqueniques, há diversas praias fluviais espalhadas pela região. Entre os lagos Correntoso e Nahuel Huapi, há o pequeno porém cênico Rio Correntoso.

Há opções de passeios de caiaque, barzinhos e a contemplação das águas límpidas onde se pode ver as trutas nadando. Puerto Manzano, a região das casas mais luxuosas, também tem um porto com bares e restaurantes de alta qualidade. E o Bosque de Arrayanes é uma floresta fantástica para tirar fotos e passear com a família.

Um pouco mais distante de Bariloche fica a exclusiva San Martin de Los Andes, sede de outra conhecida estação de esqui, Cerro Chapelco. O caminho entre Bariloche e San Martin pela famosa Rota 40, passando por La Angostura, é conhecido como Rota dos Sete Lagos, rende um passeio de um dia e atravessa paisagens estonteantes ao longo de 110 km. Para quem aproveita o passeio com calma, parando para observar e tirar selfies, é possível na verdade visitar até 11 diferentes lagos, com paisagens distintas.

San Martin tem um aeroporto próprio com vôo direto vindo de Buenos Aires. Para quem busca um lugar no estilo estância de inverno nas montanhas, é perfeito. Tem hotéis de alto padrão, mas também hostels e campings, para todos os bolsos e estilos. E diversas opções gastronômicas, de restaurantes de alto nível e bistrôs até comidas típicas que os nativos da região, descendentes dos Mapuche, vendem nas praias dos lagos.

Para quem procura fugir de badalação, porém, há opções ainda mais longe das aglomerações. Caso de Villa Pehuenia, uma pequena vila que fica mais perto do Chile (15 km) que das grandes cidades argentinas. A partir de Neuquén, capital da província, são 330 km de distância, ou 188 km para quem vem de San Martin de Los Andes. A cidadezinha, que no inverno também tem um parque procurado pelos esquiadores, recebeu seu nome a partir dos pehuenes, pinheiros nativos da região que são primos distantes das araucárias do sul do Brasil.

Nos últimos anos os amantes de natureza e esportes radicais fizeram do local seu segredo favorito. De rafting a excursões de caça, trekking ou passeios de bote e caiaque, há uma infinidade de possibilidades no vilarejo. Além de montanhas, vulcões e belas formações rochosas.

          

- Como chegar:

Voando do Brasil a Buenos Aires é possível fazer uma conexão para Bariloche ou San Martin de Los Andes. A Villa La Angostura fica a 90 km de Bariloche ou 110 km de San Martin, indo de carro ou ônibus. A Villa Pehuenia, a 188 km de San Martin, ou 330 km de Neuquén, capital da provincia, de carro.

- Onde ficar:

Em Bariloche, maior estação de esqui da America do Sul, há muitas opções de hospedagem, dos grandes 5 estrelas como o Llao Llao, Alma del Lago e El Casco, até hostels como o Valhalla e o Periko’s, passando por bed & breakfasts como o Citizen Kane. Em San Martin há hotéis como o Antiguos, apart hotéis como o Amonite e opções econômicas como o Rukalhue Hostel. Em La Angostura há hotéis cinematográficos como o Correntoso Lake & River Hotel, entre dois lagos, e spas como o Las Balsas Gourmet Hotel & Spa e o Hosteria La Escondida. Na pequena Villa Pehuenia há menos alternativas, mas existem hotéis como Puerto Malén e Amarras e pousadas simpáticas como a La Escondida, assim como a possibilidade de alugar chalés no Cabañas Costa Bonita ou no Complejo Tiny House.

- Onde comer:

Em Bariloche há uma infinidade de opções, de parrillas conhecidas como o Boliche de Alberto a casas especializadas em defumados como o Familia Weiss, fondues como no La Casita e cozinha sofisticada como no Butterfly. Em La Angostura há restaurantes como o La Delfina, o Waldhaus e o Tinto Bistro, além de parrillas como a do Correntoso Hotel. Em San Martin há muitas opções de restaurantes no centrinho da cidade, entre as quais Morphen, Torino, Ulises e La Casona, além de casas de empanadas como a Nonino e tortas como a Corazón Contento.

Fonte: Ernesto Bernardes