Inclusão: é possível mudar o próprio futuro sentado no sofá



Um dos maiores desafios deste século é promover a inclusão social. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD, do IBGE, na média, os 10% mais ricos perderam 3% da renda com a pandemia. E os 40% mais pobres viram a renda familiar, que vem do trabalho, descontando o auxílio do governo, cair mais de 30%.

Só com a inclusão conseguiremos uma sociedade desenvolvida, com a dignidade de cada um dos brasileiros garantida. E a desigualdade não é apenas social no Brasil, mas também de gênero e geográfica, entre outras.

Há um longo caminho a percorrer para que todos possam ter acesso a oportunidades que proporcionem desenvolvimento pessoal, intelectual, cultural e profissional. Empresas e entidades de todo o mundo dedicam muitas horas e expertise em busca de soluções efetivas para cumprir com as metas de desenvolvimento sustentável – SDG, propostas pela ONU, para melhorar a qualidade de vida de todos no mundo.

A pandemia agravou ainda mais um quadro bastante difícil - atingiu o bolso de muita gente, não importa a atividade ou localidade. Empresas de vários portes e segmentos tiveram que fechar as portas. O efeito disso é o desemprego e um consumo menor, o que provoca mais prejuízo. Um círculo vicioso, difícil de reverter.

Historicamente ouvimos dizer que os desafios proporcionam grandes saltos. Uma mudança de vida, que apenas pessoas empreendedoras, visionárias e corajosas conseguem realizar. Com muitos desempregados e com redução de salário, uma das saídas dessa crise foi se qualificar para mudar a própria história.

Vamos aos números. Os dados consolidados de março último, do Indicador de Nascimento de Empresas do Serasa Experian mostram que o total de novos negócios teve alta de 17,3% com relação a igual período de 2020.

O setor de serviços se destaca, com mais de 240 mil novas empresas, seguido da abertura de comércios, com quase 82 mil empresas. O formato microempreendedor individual (MEI) também ganhou destaque como forma de regularização profissional, com mais de 282 mil novas empresas, crescimento de 80,3% no período.

Neste grupo dos empreendedores que formalizaram a abertura de uma nova empresa, certamente existem profissionais que estavam ligados a empresas que perderam a razão de existir. Ficaram desempregados, querendo e necessitando encontrar uma nova fonte de renda.

Alguns setores da economia vêm se fortalecendo e crescendo, como as techs (fintechs, healthtechs, edtechs, proptechse outras) que são grandes contratantes do mercado. Oferecem salários bem atraentes para os mais qualificados. Essas empresas enfrentam também grande escassez de profissionais qualificados, hoje muito assediados pelas contratantes.

As pessoas têm que ficar em casa e ao mesmo tempo buscar melhor qualificação para conseguir manter seus negócios e ter renda crescente. E esse pode ser o melhor ambiente para que novos horizontes possam ser descobertos.

Para isso é preciso investir em capacitação. Quem está empregado pode se preparar e conseguir uma promoção e salários melhores. Para os que optam pelo vôo solo, é imprescindível investir em cursos profissionalizantes – mais rápidos, que dão a prática e têm custos que ainda cabem no orçamento.

Sim, ao contrário do que muita gente imagina, é possível transformar a própria vida sem colocar o pé na rua. É possível fazer cursos profissionalizantes online, contato com empresas e possíveis empregadores, conversar com eles numa entrevista e ser contratado com salários atrativos.

Apesar dos desafios para democratizar a educação online, como acesso de banda larga a preços acessíveis e equipamentos adequados, o canal de educação online tornou-se essencial para alunos do ensino básico, aprendizagem profissional e requalificação para um emprego na era digital.

Na previsão do Fórum Econômico Mundial (WEF), metade da força de trabalho atual terá de aprender habilidades digitais nos próximos cinco anos para preservar os seus respectivos trabalhos. Isto representa quase 40 milhões de pessoas, só no Brasil.

Muita gente quer mudar de vida e, apesar de ter acesso, por meio da tecnologia, até mesmo no conforto do sofá, não torna real a possível transformação. Os cursos profissionalizantes online ajudam quem procura qualificação profissional, profissionais que precisam atualizar as suas competências digitais ou pessoas que querem mudar a sua trajetória para trabalhar na economia digital.

Trata-se de um caminho para melhorar a autorrealização e a ascensão social para muitos neste País. As oportunidades existem para quem consegue – e quer – aproveitá-las.


Fonte: Rafael Steinhauser - presidente do Conselho da EdTech EBAC online e presidente da Alpha Capital Acquisition Company