Antes da pandemia, lamentávamos os adoecimentos causados pelo frenesi do existir. Problemas impostos pela constante energia realizadora e a forma como respondemos aos estímulos repletos de pressão e resultados advindos de metas ambiciosas. Hoje, é muito comum encontrarmos jovens em busca de trabalho, sem retorno efetivo e já acometidos por diversos distúrbios como a ansiedade generalizada, baixa autoestima e o estresse.
Sem exageros ou intenção de autoajuda, reforço que todos temos nossa janela de percepção de mundo e a análise conta com dados reais. A crise para a renovação da esfera da humanidade é surreal e aguda. Nenhum mapa de risco conseguiu prever. Não há planejamentos de médio e longo prazo, sem uma mais válvula de escape, sem um respiro organizacional e pessoal.
Muitos ainda não possuem a segurança e a prontidão necessárias para a travessia. Estamos lidando com tempos em que os sobreviventes sofrem suas dores em um planeta, que também está machucado.
Neste contexto, os mais resilientes ou que adquiriram algo a mais, os chamados “antifrágeis”– àqueles que voltam das adversidades, ainda mais fortes e preparados para novos desafios – fazem uso de seus aprendizados e permanecem como eternos aprendizes (lifelong learning). Dessa forma, ocupam lugares de protagonista, usando o instrumental da autoestima equilibrada, transparência, do exemplo, da comunicação e da honradez.
Há lugares vazios em cadeiras de liderança. Procura-se líderes e gestores capacitados a encontrar a melhor performance e cultura pós e durante a nova construção empresarial e de seus mercados.
Como todo movimento, as incertezas trazem em si o embrião das possibilidades múltiplas. Muitos irão ousar e provocar ainda mais, o que dará impulso a novos começos.
Como nos proteger dos efeitos das perdas, solidão, tristeza e depressão não assistida?
Antes da pandemia, a conhecida “insônia” atingia cerca de 60% dos executivos. Também acometia jovens sem o sono reparador, depressivos e desejosos de construir a sua história, mas que se vêm barrados pelos adoecimentos. A maioria acometidos pelo estresse, difícil de suportar. Esta situação social e de saúde mental se alastrava entre executivos com idades de 30 a 60 anos. Hoje, não há os privilégios da idade. Qualquer um de nós que estejamos no sistema, lutando e buscando por um espaço, pode ser sujeito nesta roda que não pára de girar.
Trazendo para o momento atual, pode-se afirmar que a situação se agravou com este novo cenário. Salvo entre alguns poucos segmentos, que se beneficiam com este contexto, como por exemplo, o agronegócio tão aclamado. Temos sem dúvida um país agrário. Nossas riquezas são matérias-primas para o enriquecimento de outros países. Isto é fato. Indispensável tal relato.
Entretanto, eu, você e tantas outras pessoas, sabemos que uma história que carrega adoecimentos e lutos não resolvidos, dificulta a conquista do êxito pessoal e profissional.
Como relata o professor da Universidade de Harvard, Shawn Achor: “Ninguém chega ao topo sem estar bem”. Acordar sobressaltado no meio da noite, com pensamentos a mil, é uma realidade que pode estar bem próxima.
As exigências de aprendizagem e capacitação contínuas, aliadas a prontidão nas decisões de alta velocidade e comportamentos colaborativos e empáticos, destroem o “umbiguismo” presente em escalas anteriores.
A realidade é que ninguém está preparado para enfrentar grandes desafios, sem contar com a união de forças, que podem agir contra o estresse e exaustão. E ainda existe o agravante do líder. Este que se vê na responsabilidade de inspirar times, que lidam constantemente com a possibilidade de serem contaminados pelo perfil adoecido emocionalmente.
O fator emocional clama por auxílio. Sabemos que as emoções malcuidadas impactam na saúde, alegria e produtividade.
Por mais que ainda haja algum incomodo e preconceito quando se aborda este assunto, sabemos o quanto vem interferindo na saúde física, mental, espiritual e financeira das pessoas e de suas adoráveis carreiras e empresas. Apesar da individualidade das experiências, existem algumas pontuações a considerar:
Tenha a certeza de que dormir não é perda de tempo, mas sim vital para a sua saúde; encontre o seu próprio limite neste mundo que se apresenta, inicialmente, sem limites, a partir da revolução digital e trabalhe para conseguir uma rotina equilibrada; desligue o smartphone, pois ele prolonga o expediente e o cansaço – a luminosidade das telas à noite, engana a produção de melatonina e promove mais uma noite sem o descanso necessário; a meditação e a yoga mudam o foco e podem ajudar a amenizar a tensão; pratique a respiração profunda; se envolva em causas altruístas; adquira outro significado de vida; desenvolva o bom humor e o otimismo; experimente uma maior resiliência e a modelagem antifrágil. Se ponha a trabalhar em uma viagem nobre, ressignifique as suas experiências.
Mais do que tudo isso, abrace um novo modelo mental; troque o carro por caminhadas, sempre que possível; saiba que o álcool em excesso compromete o sono e a imunidade; desenvolva a auto-observação como estilo de vida; e por fim, adote uma boa alimentação e uma rotina regular de exercícios físicos. Se possível, mantenha-se no peso adequado.
Com pitadas diárias de empenho, saiba o quanto você é importante. Cuide-se bem, relaxe, diminua as luzes e se entregue ao nada para fazer em alguns períodos curtos do dia e ao anoitecer. Encontre no equilíbrio, a renovação que nos confere a força necessária para avançarmos no crescimento contínuo e na mudança. Saiba que nada se encontra fora de você.
“As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem nas piores formas mais tarde…” (Sigmund Freud, 1856-1939).
Seja um exemplo para seus times de trabalho, esbanjando boa saúde! Deixe claro para você e ao alto comando empresarial, que é possível ganhar sempre mais em rentabilidade, se houver alegria e satisfação. A melhor experiência do cliente, exige visão apurada do futuro que já começou!
Sem exageros ou intenção de autoajuda, reforço que todos temos nossa janela de percepção de mundo e a análise conta com dados reais. A crise para a renovação da esfera da humanidade é surreal e aguda. Nenhum mapa de risco conseguiu prever. Não há planejamentos de médio e longo prazo, sem uma mais válvula de escape, sem um respiro organizacional e pessoal.
Muitos ainda não possuem a segurança e a prontidão necessárias para a travessia. Estamos lidando com tempos em que os sobreviventes sofrem suas dores em um planeta, que também está machucado.
Neste contexto, os mais resilientes ou que adquiriram algo a mais, os chamados “antifrágeis”– àqueles que voltam das adversidades, ainda mais fortes e preparados para novos desafios – fazem uso de seus aprendizados e permanecem como eternos aprendizes (lifelong learning). Dessa forma, ocupam lugares de protagonista, usando o instrumental da autoestima equilibrada, transparência, do exemplo, da comunicação e da honradez.
Há lugares vazios em cadeiras de liderança. Procura-se líderes e gestores capacitados a encontrar a melhor performance e cultura pós e durante a nova construção empresarial e de seus mercados.
Como todo movimento, as incertezas trazem em si o embrião das possibilidades múltiplas. Muitos irão ousar e provocar ainda mais, o que dará impulso a novos começos.
Como nos proteger dos efeitos das perdas, solidão, tristeza e depressão não assistida?
Antes da pandemia, a conhecida “insônia” atingia cerca de 60% dos executivos. Também acometia jovens sem o sono reparador, depressivos e desejosos de construir a sua história, mas que se vêm barrados pelos adoecimentos. A maioria acometidos pelo estresse, difícil de suportar. Esta situação social e de saúde mental se alastrava entre executivos com idades de 30 a 60 anos. Hoje, não há os privilégios da idade. Qualquer um de nós que estejamos no sistema, lutando e buscando por um espaço, pode ser sujeito nesta roda que não pára de girar.
Trazendo para o momento atual, pode-se afirmar que a situação se agravou com este novo cenário. Salvo entre alguns poucos segmentos, que se beneficiam com este contexto, como por exemplo, o agronegócio tão aclamado. Temos sem dúvida um país agrário. Nossas riquezas são matérias-primas para o enriquecimento de outros países. Isto é fato. Indispensável tal relato.
Entretanto, eu, você e tantas outras pessoas, sabemos que uma história que carrega adoecimentos e lutos não resolvidos, dificulta a conquista do êxito pessoal e profissional.
Como relata o professor da Universidade de Harvard, Shawn Achor: “Ninguém chega ao topo sem estar bem”. Acordar sobressaltado no meio da noite, com pensamentos a mil, é uma realidade que pode estar bem próxima.
As exigências de aprendizagem e capacitação contínuas, aliadas a prontidão nas decisões de alta velocidade e comportamentos colaborativos e empáticos, destroem o “umbiguismo” presente em escalas anteriores.
A realidade é que ninguém está preparado para enfrentar grandes desafios, sem contar com a união de forças, que podem agir contra o estresse e exaustão. E ainda existe o agravante do líder. Este que se vê na responsabilidade de inspirar times, que lidam constantemente com a possibilidade de serem contaminados pelo perfil adoecido emocionalmente.
O fator emocional clama por auxílio. Sabemos que as emoções malcuidadas impactam na saúde, alegria e produtividade.
Por mais que ainda haja algum incomodo e preconceito quando se aborda este assunto, sabemos o quanto vem interferindo na saúde física, mental, espiritual e financeira das pessoas e de suas adoráveis carreiras e empresas. Apesar da individualidade das experiências, existem algumas pontuações a considerar:
Tenha a certeza de que dormir não é perda de tempo, mas sim vital para a sua saúde; encontre o seu próprio limite neste mundo que se apresenta, inicialmente, sem limites, a partir da revolução digital e trabalhe para conseguir uma rotina equilibrada; desligue o smartphone, pois ele prolonga o expediente e o cansaço – a luminosidade das telas à noite, engana a produção de melatonina e promove mais uma noite sem o descanso necessário; a meditação e a yoga mudam o foco e podem ajudar a amenizar a tensão; pratique a respiração profunda; se envolva em causas altruístas; adquira outro significado de vida; desenvolva o bom humor e o otimismo; experimente uma maior resiliência e a modelagem antifrágil. Se ponha a trabalhar em uma viagem nobre, ressignifique as suas experiências.
Mais do que tudo isso, abrace um novo modelo mental; troque o carro por caminhadas, sempre que possível; saiba que o álcool em excesso compromete o sono e a imunidade; desenvolva a auto-observação como estilo de vida; e por fim, adote uma boa alimentação e uma rotina regular de exercícios físicos. Se possível, mantenha-se no peso adequado.
Com pitadas diárias de empenho, saiba o quanto você é importante. Cuide-se bem, relaxe, diminua as luzes e se entregue ao nada para fazer em alguns períodos curtos do dia e ao anoitecer. Encontre no equilíbrio, a renovação que nos confere a força necessária para avançarmos no crescimento contínuo e na mudança. Saiba que nada se encontra fora de você.
“As emoções não expressas nunca morrem. Elas são enterradas vivas e saem nas piores formas mais tarde…” (Sigmund Freud, 1856-1939).
Seja um exemplo para seus times de trabalho, esbanjando boa saúde! Deixe claro para você e ao alto comando empresarial, que é possível ganhar sempre mais em rentabilidade, se houver alegria e satisfação. A melhor experiência do cliente, exige visão apurada do futuro que já começou!
Fonte: Efigênia Vieira - headhunter e CEO da Upside Executive Search
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