Cresce o número de animais capturados no Rodoanel



Animais soltos, circulando por uma rodovia, podem ser curiosos à primeira vista, mas representam um sinal de extremo perigo aos motoristas. O barulho das buzinas e a grande quantidade de veículos e as luzes dos faróis desnorteiam os animais, que muitas vezes terminam invadindo a pista e causando acidente.

Evitar a presença desses visitantes ilustres é um desafio aos gestores das rodovias. No Rodoanel Mario Covas, por onde circulam caminhões e veículos de passeio, a Concessionária SPMAR realiza diariamente ações preventivas, com o objetivo de detectar e capturar qualquer animal nas redondezas da faixa de domínio. 

Durante 24 horas a equipe de monitoramento acompanha pelas câmeras o movimento na rodovia e se necessário, já aciona a equipe de captura. Os próprios motoristas também contribuem com esse monitoramento ativo e muitas vezes ligam na central de atendimento para relatar a existência de animais próximos à pista.

Para Marcos Fonseca, diretor executivo da concessionária SPMAR, o trabalho de prevenção é essencial para garantir a segurança de todos: "Ao avistar qualquer movimentação diferente na via, o reflexo natural do motorista é sempre o de evitar um choque ou atropelamento, o que muitas vezes gera manobras bruscas e freadas repentinas".

- Captura cresce: 

No primeiro semestre de 2020 foram encontrados 1582 animais circulando no entorno do Rodoanel trecho Sul e Leste, uma média de 8,6 casos por dia. Isso já representa 80% do total registrado em todo ano de 2019.
Animais domésticos representam 97,5% desse total de capturados. Nesse grupo, enquadram-se desde os de pequeno porte, como gatos, cachorros e galinhas, até os maiores, como bovinos, caprinos e equinos.


Por outro lado, os animais silvestres são apenas 2,5% dos encontrados na rodovia. Nesse grupo, as capivaras são vistas com maior frequência, mas também há registro de jabutis, corujas, patos, macacos e bichos-preguiças.

Mesmo com o menor tráfego de veículos, devido a Pandemia, não houve aumento de circulação de animais silvestres. A baixa presença desse grupo na via se explica pelas diversas medidas implantadas durante a construção do Rodoanel, com intuito de preservar a mobilidade das espécies nativas da região. 

Com destaque para as passagens de fauna, distribuídas sob as pistas e que interligam fragmentos florestais do entorno da rodovia, dessa forma auxiliam o translado de diversas espécies. Nos trechos Sul e Leste há 25 dispositivos de passagens de fauna implantados.

Todos os animais capturados seguem para instituições parceiras. Os de grande porte - como bovinos, equinos, muares, entre outros - são cadastrados e ficam numa propriedade vinculada à Concessionária. Os caninos são direcionados para veterinários e abrigos regulamentados. Já os classificados como selvagens, são encaminhados à guarda florestal.

O Trecho Sul (km 30 ao km 86 do Rodoanel Mario Covas) tem acesso pelas rodovias Régis Bittencourt (entroncamento com o Trecho Oeste) no km 30; Imigrantes no km 70 e Anchieta no km 75, além da Av. Papa João XXIII, em Mauá, no km 86.

O Trecho Leste (km 86 ao km 130 do Rodoanel Mario Covas) tem acesso pela via de ligação com a Av. Papa João XXIII, em Mauá, no km 86; pela Rodovia Henrique Eróles - SP066 (km 115, em Suzano); pela Rodovia Ayrton Senna - SP070 (km 124 em Itaquaquecetuba) e pela Rodovia Presidente Dutra - BR116 (km 130 em Arujá).


Fonte: Luiz Ferreira