Marcelo lembra que estamos nos adaptando ao novo normal: “estamos vivendo a história. A grande questão é a previsibilidade de quando sairemos do isolamento. Em crises passadas, que tratavam apenas da economia, o país saiu mais forte se comparado ao resto do mundo”, lembra ele, que segue:-“no entanto, estamos vivendo uma crise que se estende à saúde e ao social e que, obviamente, tem um impacto ainda maior no mercado de trabalho, exatamente por essas questões”, enfatiza.
Ele chama atenção ao custo duplo para as empresas, ou seja, demitir e contratar pessoas num espaço curto caso a economia volte antes do que se imagina: - “isso já ocorreu. Nessas horas, lealdade corporativa vale mais do que uma reestruturação, dependendo do segmento e porte da empresa”, explica Marcelo. Segundo ele, o mercado de trabalho cada vez mais irá exigir profissionais resilientes, dinâmicos e flexíveis: “se não estávamos preparados para essa pandemia, nas próximas será obrigação ter um plano de contingência e gerenciamento de crise”.
Marcelo Arone aponta os setores que seguem fortes mesmo em meio à crise: Tecnologia, Digital, Consumo Básico, Medicamentos, Agronegócio, Bancos, Laboratórios. Os que mais estão sofrendo, obviamente, são os da Aviação, do Turismo e da Cultura. Para ele, para a retomada, vão contar o bom relacionamento com empresas, a readequação de métodos de venda e fidelização, como a venda promocional de pontos em programa de milhagens visando utilização no segundo semestre do ano, o dimensionamento da malha aérea para promover turismo local, inclusive pela alta do dólar, o retorno de Cinemas ao ar livre, remetendo a movimentos da década de 40/50, os famosos “Drive in”.
Já é possível perceber que as mudanças na arquitetura dos escritórios também deverão ser perenes: algumas empresas já haviam aderido ao Home Office, mas poucas como política efetiva de RH. No entanto, o trabalho remoto já virou uma prática, até pelo ganho de produtividade que gera a empresa e maior qualidade de vida aos colaboradores. “Sem contar que em função do distanciamento, mesmo quando voltarmos a uma certa normalidade, o espaçamento entre as mesas, será maior” lembra ele, que segue: “certamente, haverá um rodízio de pessoas gradual nos escritórios. Alguns clientes já devolveram parte do andar por conta da economia e indicação que irão manter o home office como padrão. Já não será mais “diferencial” ou benefício adicional para as empresas e funcionários. Será usual”.
Outro ponto fundamental citado pelo especialista é a mentalidade empreendedora: “já vivíamos num país com 40mi de informais antes da pandemia e com taxa de desemprego em torno de 12%. Certamente ambos os números irão crescer e levar em torno de 2 a 3 anos para voltar a esse patamar. Com as chances de cargos mais elevados sofrerem cortes nessa pandemia, o empreendedorismo será um meio natural. Consultorias, franquias, Investidores são alguns exemplos do que esse nível de executivo busca quando é desligado do mercado de trabalho. Grandes negócios surgiram após crises dessa natureza econômica. Saber “se reinventar” será o termo da moda para empresas e pessoas.
O especialista lembra também que a forma como os governos estão conduzindo a crise é sempre fundamental, ainda mais em uma situação inédita, como é o caso da pandemia: “os conflitos políticos atrapalham a retomada. Estamos perdendo uma chance de talvez nos consolidarmos como um novo polo econômico de geração de empregos”. Segundo Marcelo, algumas empresas devem sair da China e buscarão países emergentes que transmitam um ambiente de segurança e estabilidade para os negócios, e, para estarmos no alvo dessas empresas, será preciso trocar conflito por solução.
Fonte: Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH
Ele chama atenção ao custo duplo para as empresas, ou seja, demitir e contratar pessoas num espaço curto caso a economia volte antes do que se imagina: - “isso já ocorreu. Nessas horas, lealdade corporativa vale mais do que uma reestruturação, dependendo do segmento e porte da empresa”, explica Marcelo. Segundo ele, o mercado de trabalho cada vez mais irá exigir profissionais resilientes, dinâmicos e flexíveis: “se não estávamos preparados para essa pandemia, nas próximas será obrigação ter um plano de contingência e gerenciamento de crise”.
Marcelo Arone aponta os setores que seguem fortes mesmo em meio à crise: Tecnologia, Digital, Consumo Básico, Medicamentos, Agronegócio, Bancos, Laboratórios. Os que mais estão sofrendo, obviamente, são os da Aviação, do Turismo e da Cultura. Para ele, para a retomada, vão contar o bom relacionamento com empresas, a readequação de métodos de venda e fidelização, como a venda promocional de pontos em programa de milhagens visando utilização no segundo semestre do ano, o dimensionamento da malha aérea para promover turismo local, inclusive pela alta do dólar, o retorno de Cinemas ao ar livre, remetendo a movimentos da década de 40/50, os famosos “Drive in”.
Já é possível perceber que as mudanças na arquitetura dos escritórios também deverão ser perenes: algumas empresas já haviam aderido ao Home Office, mas poucas como política efetiva de RH. No entanto, o trabalho remoto já virou uma prática, até pelo ganho de produtividade que gera a empresa e maior qualidade de vida aos colaboradores. “Sem contar que em função do distanciamento, mesmo quando voltarmos a uma certa normalidade, o espaçamento entre as mesas, será maior” lembra ele, que segue: “certamente, haverá um rodízio de pessoas gradual nos escritórios. Alguns clientes já devolveram parte do andar por conta da economia e indicação que irão manter o home office como padrão. Já não será mais “diferencial” ou benefício adicional para as empresas e funcionários. Será usual”.
Outro ponto fundamental citado pelo especialista é a mentalidade empreendedora: “já vivíamos num país com 40mi de informais antes da pandemia e com taxa de desemprego em torno de 12%. Certamente ambos os números irão crescer e levar em torno de 2 a 3 anos para voltar a esse patamar. Com as chances de cargos mais elevados sofrerem cortes nessa pandemia, o empreendedorismo será um meio natural. Consultorias, franquias, Investidores são alguns exemplos do que esse nível de executivo busca quando é desligado do mercado de trabalho. Grandes negócios surgiram após crises dessa natureza econômica. Saber “se reinventar” será o termo da moda para empresas e pessoas.
O especialista lembra também que a forma como os governos estão conduzindo a crise é sempre fundamental, ainda mais em uma situação inédita, como é o caso da pandemia: “os conflitos políticos atrapalham a retomada. Estamos perdendo uma chance de talvez nos consolidarmos como um novo polo econômico de geração de empregos”. Segundo Marcelo, algumas empresas devem sair da China e buscarão países emergentes que transmitam um ambiente de segurança e estabilidade para os negócios, e, para estarmos no alvo dessas empresas, será preciso trocar conflito por solução.
Fonte: Marcelo Arone - Headhunter, especialista em recolocação executiva e sócio da OPTME RH