Gerenciar dados: o desafio da nova era da informação


A quarta revolução industrial em curso nos coloca uma questão crucial. Quanto vale a informação e como gerenciar de forma inteligente a avalanche de dados nos sistemas automatizados? O correto tratamento dos dados define erros e acertos estratégicos nas tomadas de decisão em todos os setores da economia. O foco dos negócios e dos CIOs, portanto, está em um bem muito mais subjetivo. 

O inevitável processo de transformação digital que vivemos funde o mundo real com o virtual. Houve uma democratização do uso de recursos tecnológicos tanto na esfera corporativa quanto pessoal. O lado positivo disso é que as pessoas estão se tornando mais colaborativas com a digitalização.

Diariamente, um “oceano” de dados é gerado no mundo, o que provoca mudanças exponenciais em todas as áreas de negócios. Se o alvo é o consumidor final, direta ou indiretamente, há de se considerar as previsões de aumento populacional e de expectativa de vida nos cálculos de geração de informações em sistemas automatizados. 

Já vivemos em uma sociedade digital e as companhias se adaptam e investem nas mudanças necessárias para atender à demanda da população. Percebe-se esse movimento em mercados como os de finanças, saúde, governo e indústrias de bens de consumo.

Um estudo realizado na América Latina pela InterSystems com apoio da IDC revela que, até o ano 2020, 40% das grandes empresas da região terão articulado uma plataforma tecnológica voltada à digitalização para torná-la mais competitiva. Intitulado “O valor da plataforma de gerenciamento de dados na transformação digital”, o estudo prevê ainda que 40% do Produto Interno Bruto da região serão resultado da digitalização das organizações para melhorar a oferta, as operações e as estratégias de relacionamento com os clientes. 

Porém, neste momento 71,8% das companhias ainda estão nos estágios iniciais da transformação digital. Mas, a necessidade por mais conhecimento e inteligência nas decisões estratégicas deve acelerar o processo de adoção de tecnologias que promovam a transformação.

O início do processo deve ser a definição de uma estratégia tecnológica que inclua uma Plataforma de Gerenciamento de Dados capaz de capturar e analisar grandes volumes de dados estruturados e não estruturados, de forma centralizada e de diferentes fontes para alcançar um fluxo constante e oportuno de informações baseadas em tecnologias e ferramentas de administração e análise de forma integrada e intuitiva. 

Adotar uma plataforma como essa garante, por exemplo, que os administradores explorem, analisem e valorizem os grandes volumes de dados dos principais sistemas da empresa. Com isso, a partir de dados extraídos do ERP ou do CRM é possível traçar o perfil dos consumidores, criar alertas de status de produção e inventários na fabricação, automatizar processos e melhorar a coleta de informações em governos estaduais e federais, detectar riscos e fraudes bancários, criar diagnósticos de saúde precisos e evitar epidemias.

A estimativa, de acordo com o estudo, é de que 58,4% das organizações da América Latina ainda não fazem uso de plataformas de gerenciamento de dados. As 41,6% que já utilizam têm, na maioria, mais de um mil funcionários. Aquelas que não adotaram essa prática podem perder a oportunidade de ter a interoperabilidade e a centralização para controlar dados de várias fontes e modelos e garantir sua qualidade, consistência e disponibilidade, respeitando a governabilidade da informação. 

Em um nível superior de uso, as plataformas podem habilitar os aceleradores de inovação onde os dados são gerados ou são acionáveis e, ao mesmo tempo, criar conhecimento. Atingimos, então, os sistemas cognitivos, a Internet das Coisas, a robótica, a segurança da próxima geração, a impressão 3D e a realidade virtual.

Acessar e administrar os dados não deve ser uma tarefa restrita ao ambiente das empresas em um mundo conectado. É desejo dos usuários manusear as informações em plataformas hospedadas na nuvem e em aplicações móveis. E é por isso que é unânime a preocupação com a segurança que as plataformas vão oferecer – o que justifica a preferência ainda pelo modelo de cloud privada e não pública. As organizações que preferem a cloud privada são dos segmentos de Logística, Governo, Saúde e Manufatura. 

A maioria das empresas de varejo prefere o modelo on-premises, mas admite a nuvem pública ou privada. Já as organizações de saúde que estão avaliando o uso de plataformas de gerenciamento de dados preferem o modelo on-premises e descartam a nuvem privada ou pública. Seja qual for o modelo, o investimento na tecnologia tem como objetivo benefícios como mais e melhor produtividade, previsibilidade baseada em Business Intelligence e centralização da administração e controle dos dados.


Fonte: Alexandre Tunes - Country Sales Manager, InterSystems Brasil