Eventos climáticos extremos lideraram a lista de riscos para o mundo


Os efeitos da atuação do homem no meio ambiente são percebíveis em várias esferas. Os efeitos das mudanças climáticas, já não são mais uma ficção futurista e podem ser confirmados por meio de alguns dos principais efeitos adversos observados nos dias atuais.

Os eventos climáticos extremos lideraram a lista de riscos para o mundo apontados pela Pesquisa Global de Percepção de Riscos, durante o Fórum Econômico Mundial 2019, na Suíça. As alterações climáticas têm ocorrido com uma grande velocidade e as políticas ambientais para contê-las não têm acompanhado esse ritmo. Entre as consequências dos eventos climáticos extremos apontados pelo relatório estão crises de fome, hídricas, conflitos entre Estados, instabilidade social e migração involuntária em larga escala.

Outro ponto decorrente do fracasso das políticas ambientais é o aumento do nível do mar. Segundo a pesquisa, até 2050, o nível do mar deve ter um aumento médio de 0,5 metros, atingindo 800 milhões de pessoas que residem em mais de 570 cidades costeiras vulneráveis.

Considerados um dos mais antigos e ricos ecossistemas do planeta, os recifes de Corais estão sob ameaça, até mesmo os que se encontram mais isolados, principalmente por causa de alterações causadas por atividades humanas. Ao analisarem mais de 1700 dados a respeito, pesquisadores americanos apontam que mudanças climáticas e a acidificação das águas marinhas são os principais causadores da perda de biodiversidade e do branqueamento dos recifais. O aquecimento dos oceanos provoca uma espécie de estresse nos corais, que acabam expelindo as algas que os habitam e, consequentemente, causando o branqueamento da espécie.

Nas alterações globais é grande a probabilidade de ter uma relação com o processo de industrialização que vem ocorrendo nos últimos 200 anos, sobretudo pela transferência do carbono fóssil do presente no subsolo (carvão e petróleo para a atmosfera, mediado pelas transformações industriais). .

O clima possui suas variações naturais, sendo que o ser humano pode ainda desconhecer seus reais efeitos. Ele varia de tempos em tempos. Porém, este tempo costuma ser muito longo, cerca de milhares de anos. Cem anos para o planeta não é nada. Mas, alterações significativas podem estar se manifestando por interferência humana. Como no passado não existia uma tecnologia avançada que permitisse registrá-las, precisamos saber identifica-las e mensurá-las, visando salvar muitas vidas.

Alguns estudos sobre as transformações indicam uma variação climática cíclica que passa de períodos úmidos a períodos secos (glaciações). Entretanto, o que se pode afirmar é que em termos de microclimas as alterações são facilmente comprováveis.

As discussões envolvendo vários países devem estabelecer metas para o futuro do planeta. É preciso olhar ao redor e buscar as soluções sustentáveis que contribuam efetivamente para evitar danos físicos ao ecossistema. As mudanças na distribuição das chuvas ao longo do ano podem colocar em risco a produção de alimentos.

Os longos períodos de estiagem em algumas regiões brasileiras afetaram diretamente o abastecimento de água de milhões de pessoas. Assim como vimos alta densidade pluviométrica em outras regiões, provocando enchentes. Esses são alguns resultados das mudanças climáticas provavelmente provocadas pelo ser humano nos últimos séculos.



Fonte: Vininha F.Carvalho - jornalista, administradora de empresas, economista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.