Cuidados e responsabilidade com o coellhinho nesta Páscoa




Quem nunca ficou esperando o coelhinho da Páscoa durante a madrugada? Ou se encantou com a fofura dessa espécie? A fantasia e atributos do coelho fazem com que esse animalzinho seja também uma opção de presente de Páscoa. Mas antes de adquirir um é preciso conhecer suas características e entender que, assim como outros pets, é uma nova vida que passará a fazer parte da família por volta de 6 a 10 anos.

Para saber um pouco mais sobre a espécie, confira as dicas da médica veterinária:

1 – Alimentação:

Um dos principais cuidados com um pet é fornecer uma alimentação balanceada e fresca. Os coelhos devem comer ração extrusada (própria para coelhos), legumes, feno e alfafa em pequenas quantidades. “Petiscos próprios e folhas verdes escuras, como espinafre, brócolis, couve, folha de cenoura e de beterraba também são permitidas”, comenta a veterinária. E a famosa cenoura? Esse é um mito sobre os coelhos. Eles só podem consumir pequenas quantidades do legume (aproximadamente o tamanho de uma cenoura baby por dia), pois são animais herbívoros, ou seja, alimentam-se de folhas e caules em seu habitat natural.

2 – Higiene e saúde:

A higiene do ambiente onde o animal vive é essencial para sua saúde. É necessário limpar comedouros, bebedouros e gaiolas dos coelhos diariamente, pois são animais extremamente sensíveis. “Coelhos também precisam ter suas unhas cortadas e o corpo higienizado com banho a seco - o mesmo usado para cães filhotes. Já os banhos com água só devem ser realizados em pet shops especializados”, explica a veterinária. Os pelos também precisam ser escovados diariamente, principalmente nos coelhos de pelos mais longos.

Atividade física e descanso adequado também são essenciais. Os coelhos precisam de ao menos 30 minutos diários de exercícios e também de espaço confortável para descansar. Vacinas e tratamento antipulgas não são necessários para essa espécie. Vermífugos devem ser dados a cada seis meses conforme indicação de um médico veterinário especializado.

3 – Mimos e diversão:

Essas fofuras gostam muito de colo e carinho, nas pontas das orelhas principalmente. “Os coelhos também aceitam muito bem o uso de roupinhas e se adaptam ao uso de peitorais e guias para passear, desde que acostumados desde cedo”, revela a veterinária.

E quem pensa que brinquedos são exclusividade dos cães e gatos, engana-se. Coelhos também gostam muito de brincar. Eles costumam adorar atividades como rasgar papel e panos, arremessar e buscar brinquedos ou ainda derrubar objetos. “É importante estimular o pet e observar as brincadeiras prediletas deles. Certamente serão momentos de diversão para coelho e tutor”, afirma.

4 – Curiosidade:

Muitas pessoas acabam desistindo de ter um coelho ou os doam quando descobrem que eles costumam ingerir as próprias fezes. Coelhos fazem isso porque não possuem a enzima responsável pela digestão da celulose. Assim, em seu intestino existe uma flora de microrganismos (bactérias e protozoários) que ajudam na digestão. Quando o coelho defeca, uma parte desses microrganismos saem junto com as fezes, então eles engolem novamente as "pelotinhas" para repor a flora intestinal, além de reaproveitar os aminoácidos e a vitamina B12 produzidas pela ação dos microrganismos. “Esse é um comportamento comum na espécie e não há motivo para rejeição. Basta lembrar que alimentação deles é rica em vegetais e ração balanceada”, esclarece a veterinária.

5 – Raças:

Quem se encaixa no perfil de tutor também precisa escolher entre as diversas raças disponíveis. As mais conhecidas são: o Fuzzi Lop, que tem pelagem longa e orelhas caídas; o Mini Lop, que também tem orelhas caídas, mas pelagem mais curta; o Mini Lion, que como o próprio nome revela, parece um "leãozinho" devido a sua pequena juba; o Teddy, raça de coelho anão que possui pelagem longa e macia; e o Netherland, considerado o menor do mundo e que pode pesar no máximo 1,2 kg quando adulto.

- Aquisição responsável:

Além de avaliar se tem perfil para ter um coelho, o tutor deve verificar também a procedência do animal, evitando a aquisição de pets não tratados de forma correta e respeitosa.



Fonte: Ana Carolina Hoffmann - responsável pelo atendimento de animais não-convencionais nos consultórios do HiperZoo