Com o passar das gerações muitos são os jargões que são colocados para cada uma das décadas. Baby Boomers, Geração X, Geração Y, Millenials e por aí vai.
Certa vez ouvi que somos a geração dos eternos insatisfeitos. Essa afirmação mexeu muito comigo, pois de certa forma a pessoa que tinha dito aquilo tinha razão.
Conquistamos um aumento de salário e na semana seguinte já estamos desejando uma promoção.
Fazemos uma viagem já pensando na próxima. Sempre mais, sempre melhor. É praticamente este o lema em todas as esferas da nossa vida.
Na minha opinião, o inconformismo é essencial para nos tirar da mediocridade, ele é um excelente motor para o sucesso.
Mas, a verdade é que o problema na realidade não é querer mais e melhor. O problema é a nossa dificuldade de viver o hoje, o agora.
Comemorações que duram 30 segundos e já nos colocam de novo na incessante corrida dos ratos, e eu me incluo nessa categoria.
Já vivi muito menos o momento presente, hoje consigo aproveitar muito mais, mas ainda sim faço um exercício diário de deixar o passado ir, aproveitar o que tenho agora e trabalhar para o futuro chegar.
Por isso, a definição do Cortella fez tanto sentido. Não é simplesmente uma inquietação de quem está eternamente insatisfeito com aquilo que realizou.
Não é a sensação de que eu posso fazer melhor e o que o que eu fiz até então “não tem valor”.
É ter a absoluta certeza que fizemos coisas extraordinárias, que somos excelentes profissionais, pais e filhos, mas que também aprendemos com tudo que passamos e por isso podemos nos motivar a querer mais e melhor.
Querer mais e mais é natural! Só precisamos estar atentos a essa linha tênue entre reconhecer, comemorar e abraçar todas as nossas qualidades e ainda assim querer melhorar da linha em que nos tornamos amargurados, insatisfeitos com tudo ou como a minha avó costumava dizer: “sacos sem fundo”.
Fonte: Thais Lima - Coach Criacional, analista comportamental, estrategista e desenvolvedora de carreiras.