Economia e sustentabilidade nunca estiveram tão em evidência como atualmente


Apesar do impacto negativo, a crise hídrica abriu espaço para inúmeras discussões a respeito do gerenciamento do recurso. Foi detectado que não basta reduzir o consumo fechando as torneiras, temos que pensar também em estratégias para evitar que a água limpa seja contaminada por efluentes sem tratamento, além de novas formas de armazenamento e distribuição.

Economia e sustentabilidade nunca estiveram tão em evidência como atualmente. A crise hídrica enfrentada pelos brasileiros fez com muitas pessoas e empresas mudassem seus hábitos e adotassem medidas que se adaptam a essa realidade.


A tendência agora é pensar sustentável, ou seja, limpar ao invés de lavar. As pessoas descobriram que gastar litros e litros de água contribuiu com o desperdício, sendo que é possível atingir o mesmo objetivo de outra forma. Um pouquinho da água economizada a cada dia pode fazer uma grande diferença no volume do recurso natural utilizado no mês. Adotar a ideia da limpeza sem a água somada as pequenas economias somadas produzem grandes resultados ambientais e, também financeiros.

O objetivo de buscar alternativas de captação, tratamento e reciclagem, até então eram pouco explorados pela maioria dos usuários. No Brasil, apesar da aparente abundância de recursos hídricos, o reuso de água também vem conquistando espaço, principalmente nos grandes centros urbanos, nos quais a escassez representa altos investimentos e custos operacionais para captação e adução de águas a grandes distâncias.

O reuso em aplicações, como irrigação, refrigeração, lavagem de pisos e descargas de vasos sanitários, torna-se uma alternativa sustentável, ambientalmente correta e viável economicamente, já que os volumes utilizados pelas concessionárias públicas ou privadas são reduzidos drasticamente nos pontos de medição e cobrança.

A proposta é que, com o auxílio de tecnologia e de soluções químicas, possamos minimizar os níveis de contaminação da água. Pois, a partir do momento que os efluentes não são tratados de forma adequada, eles são capazes de interferir diretamente na qualidade da água dos rios, lagos, represas e lençóis freáticos.


Autoria: Vininha F. Carvalho