Conheça os alimentos que ajudam a memória e melhoram a aprendizagem


O ano letivo começou e com ele os compromissos e atividades do dia a dia, que já preenchem as páginas da agenda escolar. Em meio a várias atividades, é preciso ter uma boa memória para não se esquecer de nada. Além disso, é importante manter uma alimentação saudável para melhorar o rendimento escolar.

A professora regente do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP), Gabriela Branco, afirma que independentemente dos estudos, ter uma dieta equilibrada é sempre importante. “Existem alguns alimentos que são especialmente bons para melhorar as habilidades cognitivas, manter o aluno mais ativo e concentrado ou para melhorar a disposição”, diz.




Os prebióticos, por exemplo, estão entre eles. Pesquisa realizada por cientistas da Universidade de Oxford, em 2016, encontrou uma ligação direta entre memória e o consumo dessas substâncias. Foi concluído que esse tipo de alimento ajuda na conexão entre o sistema nervoso e a mucosa intestinal. Os prebióticos são encontrados em carboidratos complexos, laticínios e alimentos fibrosos como rúcula, feijão preto e framboesas.

Rica em nitratos, a beterraba é outro alimento que pode auxiliar na aprendizagem e na memória, já que ela melhora a circulação do sangue. Um estudo de 2017, publicado no periódico acadêmico Nutrition, apontou que a performance física melhora com a ingestão do suco de beterraba. 

O óxido nítrico (NO) presente na raiz contribuiu com as trocas gasosas entre as células, na biogênese, na eficiência mitocondrial e no fortalecimento da contração muscular. Para o consumo, a melhor forma é apostar no vegetal cru ou batido em sucos junto a outros alimentos nutritivos.



O tutano ou medula óssea também é recomendado. É um caldo gelatinoso que fica na cavidade interna dos ossos. Antigamente se consumia caldos feitos a partir de ossos, as partes não comestíveis dos animais, o que foi essencial para o bom desenvolvimento da memória.

As propriedades anti-inflamatórias da cúrcuma melhoram a circulação sanguínea, para que o fluído chegue em bom estado ao cérebro. Na Índia, o consumo do tempero é muito comum junto à gordura, o que é muito saudável, já que possui nutrientes lipossolúveis.




O ômega-3 presente nas nozes, junto às vitaminas, aos minerais, ácidos graxos e fenóis são essenciais para o bom funcionamento do cérebro e das funções cognitivas. Esse tipo de castanha, em particular, tem propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que atuam no combate aos radicais livres. O consumo de ômega-3 está diretamente relacionado com a formação das células cerebrais. A substância constitui as membranas, que colaboram para o funcionamento dos neurotransmissores. Dessa forma, outro benefício é a melhora do fluxo sanguíneo, que ajuda na chegada do sangue arterial (rico em oxigênio) ao cérebro.




O chá verde também é um dos alimentos com “superpoderes”. Além de dar energia e colaborar na limpeza do organismo, a bebida ajuda no envio de mensagens ao cérebro, ajudando o sistema nervoso a transmitir impulsos para diferentes partes do órgão.




O ovo, além de ser um dos alimentos mais completos, é rico em proteínas e gorduras boas, o que ajuda no funcionamento dos neurotransmissores. Uma pesquisa publicada em 2017 no Jornal da Evolução Humana sugere que os fatores cognitivos também são beneficiados pelo consumo de ovos. Isso inclui habilidades como a oralidade, lógica e memória.



Fonte:Gabriela Branco - professora regente do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP).