Uma empresa consegue se destacar em função de uma profunda visão de mercado e um plano de negócios bem estruturado, assim como pela experiência de seus gestores. Saber antecipar e calcular cada passo faz toda a diferença.
Para a marca se destacar acreditava-se que era necessário adotar como meta a excelência na organização. Isto deve estar presente em todas as etapas do processo: da escolha da matéria-prima, fabricação, embalagem, atendimento, até a entrega para o consumidor final.
Agora surge um novo diferencial, olhar para o futuro do planeta e promover o respeito ao direito dos animais. Neste período, em que a sustentabilidade é muito valorizada, sobretudo nos negócios, ter um processo sustentável, tanto por sua contribuição para o meio ambiente, como por ser economicamente viável, permite que a empresa sobressaia no mercado.
O debate sobre a valorização e o respeito ao direito dos animais teve seu crescimento acentuado na segunda metade do século XX, fruto da conscientização de parte da humanidade em relação à necessidade de garantir a eles uma condição de vida digna. Deve-se ter em mente que, além de uma simples preocupação ecológica, a proteção dos animais também incide fortemente no equilíbrio da comunidade.
O ser humano sempre sofreu uma espécie de Síndrome de Narciso que o levou a construir mitos de si mesmo, como o de considerar-se feito à imagem e semelhança de Deus ou o coroamento da criação. É como se toda a evolução biológica que o precedeu fosse uma espécie de ensaio da natureza para atingir o ápice da perfeição: o surgimento do Homo sapiens. Por sentir-se o centro do universo, o homem reconhecia no animal e nas outras espécies simples "coisas", desprovidas de vida própria, que existem apenas para lhe servir. Mas esta realidade mudou.
A necessidade da sociedade implantar uma nova mentalidade capaz de permitir uma relação de respeito e proximidade com os animais e a natureza em geral, permitiu o desenvolvimento de atitudes preventivas e voltadas para o fortalecimento da cidadania.
O respeito ao direito dos animais, assim como as riquezas naturais, precisam fazer parte dos ensinamentos no treinamento de funcionários nas empresas. É preciso demonstrar que na empresa existe um alto grau de civilidade
A sociedade ainda não atingiu um nível adequado para garantir a proteção aos animais, mas com o crescimento da violência e da miséria nos grandes centros urbanos, grande parte da população está ficando insensível em relação ao ser humano, optando ter em sua companhia os animais domésticos, a quem dedica toda sua atenção, recebendo em troca um amor sincero e fiel. Uma pesquisa publicada no site Society & Animals e realizada por sociólogos e antropólogos da Northeastern University e da University of Colorado confirmou esta teoria. A pesquisa foi desenvolvida para compreender melhor o fato de que, quando há relatos de animais necessitados nas manchetes, o nível de indignação e resposta geralmente é maior do que quando as tragédias são com humanos.
Atualmente o consumidor aceita que as companhias tenham lucros, mas as desafia diariamente a incentivar ações de impacto positivo na sociedade. É um novo comportamento massificado graças aos proativos Millennialls, contribuintes importantes nas mudanças provocadas na relação das pessoas com as empresas e as marcas.
A morte de uma cachorra chamada Manchinha ocasionada por um segurança dentro de uma das lojas de uma rede de supermercados, em Osasco, gerou uma manifestação de protestos nas redes sociais. O caso, que aconteceu no dia 28 de novembro de 2018, mobilizou as pessoas diante da brutalidade contra o animal e despertou nas empresas a necessidade de cuidar da reputação corporativa e orientar os funcionários que os animais têm seus direitos garantidos. A onda de protestos nas redes sociais é um alerta para que outras marcas se preocupem com este tipo de atitude de seus funcionários e impeçam que os animais sejam novamente vítimas de crueldades. Sempre é hora de buscar o aperfeiçoamento. Em uma realidade profissional competitiva, ter uma equipe formada por membros capacitados e sensíveis é um grande diferencial.
Autoria: Vininha F. Carvalho