“As pessoas gostam muitos dessas espécies por elas terem a capacidade de reproduzir o que falamos. Mas, por mais que a intenção seja de cuidar bem do animal, as pessoas precisam ter consciência de que adotá-las como bicho de estimação pode causar sofrimento a elas. Por solidão, espaço físico reduzido, alimentação inadequada, dificuldade de reprodução. Além do risco de pegar alguma doença que não oferece sério risco à saúde dos homens mas que pode ser fatal aos bichos, como uma simples gripe”, alerta o Biólogo Giuseppe Puorto, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
Mas, além de todo o sofrimento que os animais capturados para o comércio ilegal sofrem desde sua apreensão até que sejam vendidos, e depois pela falta de cuidados especiais e adequados para sua sobrevivência, o tráfico de animais silvestres ocasiona um terrível desequilíbrio ecológico.
“O tráfico e o comércio ilegal de animais silvestres coloca muitas espécies em risco de extinção a médio e longo prazo. Até porque as espécies raras são justamente as que se tornam mais desejadas pelos criminosos”, diz o biólogo.
Puorto também lembra que o comércio ilegal de animais silvestres é crime ambiental, de acordo com a Lei nº 9.605/98, que prevê aos infratores prisão de seis meses a um ano, além do pagamento de multa.
“Uma das principais armas de combate a este crime é a denúncia. É importante que a população avise as autoridades sempre que souberem ou suspeitarem de algo”, avisa o membro do CRBio-01.
Para isso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (IBAMA) pode receber denúncias por telefone (0800-618-080) ou por e-mail (linhaverde.sede@ibama.gov.br).