Esses são dados de um novo relatório do projeto Forest Trends’ Supply Change que acompanha o progresso dos 579 compromissos públicos de empresas de todo o mundo que dependem desses produtos, e que se comprometeram a retirar a destruição de florestas de suas cadeias de suprimentos.
O CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional que provê um sistema global único de reporte de impactos ambientais, e o WWF (World Wide Found for Nature), organização não-governamental dedicada à conservação da natureza, foram responsáveis pelo fornecimento dos dados usados do estudo.
Lançado durante o Global Landscapes Forum, em Londres, o “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestation-free Supply Chains, 2016” contempla 566 empresas que representam, pelo menos, US$ 7,3 trilhões em capitalização de mercado e que foram identificadas como tendo riscos de desmatamento vinculados a esses quatro commodities dentro de suas cadeias de suprimentos. Destas empresas, 366 firmaram compromissos para mudar para fontes sustentáveis e livres de desmatamento.
O CDP (Carbon Disclosure Project), organização internacional que provê um sistema global único de reporte de impactos ambientais, e o WWF (World Wide Found for Nature), organização não-governamental dedicada à conservação da natureza, foram responsáveis pelo fornecimento dos dados usados do estudo.
Lançado durante o Global Landscapes Forum, em Londres, o “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestation-free Supply Chains, 2016” contempla 566 empresas que representam, pelo menos, US$ 7,3 trilhões em capitalização de mercado e que foram identificadas como tendo riscos de desmatamento vinculados a esses quatro commodities dentro de suas cadeias de suprimentos. Destas empresas, 366 firmaram compromissos para mudar para fontes sustentáveis e livres de desmatamento.
O relatório apontou que as empresas são mais propensas a assumirem compromissos relacionados à palma, madeira e celulose. Das empresas ativas na palma, 61% adotaram compromissos, em comparação com apenas 15% e 19% dessas empresas ativas no gado e na soja, respectivamente. A diferença é alarmante, pois se estima que a produção de gado cause dez vezes mais desmatamento do que a palma.
Em relação às grandes empresas públicas, nota-se que elas assumem mais compromissos do que companhias menores e privadas, como resultado da pressão e padrões mais elevados para a divulgação de instituições financeiras. Muitas dessas grandes empresas são entidades voltadas ao consumidor com sede na América do Norte e na Europa, longe do dano ambiental causado pela agricultura de commodities.
Embora o reporte foque nos quatro principais commodities agrícolas em escala global, são destacados alguns projetos regionais que contribuem para a redução do desmatamento. Na Amazônia brasileira, por exemplo, existem duas iniciativas para reduzir os impactos ambientais provocados pelo desmatamento - a Moratória da Soja e do Acordo de compra de gado.
Em relação às grandes empresas públicas, nota-se que elas assumem mais compromissos do que companhias menores e privadas, como resultado da pressão e padrões mais elevados para a divulgação de instituições financeiras. Muitas dessas grandes empresas são entidades voltadas ao consumidor com sede na América do Norte e na Europa, longe do dano ambiental causado pela agricultura de commodities.
Embora o reporte foque nos quatro principais commodities agrícolas em escala global, são destacados alguns projetos regionais que contribuem para a redução do desmatamento. Na Amazônia brasileira, por exemplo, existem duas iniciativas para reduzir os impactos ambientais provocados pelo desmatamento - a Moratória da Soja e do Acordo de compra de gado.
Esses acordos garantem que soja proveniente de áreas desmatadas não será comercializada. Outro exemplo é a JBS, maior produtora de proteína animal do mundo, que desenvolveu um sistema de monitoramento por satélite que supervisiona a gestão sustentável da compra de gado de fornecedores da companhia, para atingir o compromisso de desmatamento zero.
“Desmatamento é um tema que tem tido grande repercussão em todo o mundo e afetado diretamente as grandes cadeias produtivas. O relatório nos mostra um sensível avanço de grandes players do mercado buscando soluções e efetivamente tomando iniciativas para reduzir e garantir que sua matéria prima não venha de áreas desmatadas. Muitas iniciativas citadas ainda são tímidas e ainda há muito que ser feito para alcançar as metas de desmatamento zero planejadas pelas empresas.
“Desmatamento é um tema que tem tido grande repercussão em todo o mundo e afetado diretamente as grandes cadeias produtivas. O relatório nos mostra um sensível avanço de grandes players do mercado buscando soluções e efetivamente tomando iniciativas para reduzir e garantir que sua matéria prima não venha de áreas desmatadas. Muitas iniciativas citadas ainda são tímidas e ainda há muito que ser feito para alcançar as metas de desmatamento zero planejadas pelas empresas.
Outro ponto que chama atenção é a inercia de alguns setores que não tem iniciativas nesse sentido. Acredito que ainda há um grande trabalho de engajamento a ser feito em ambas as pontas do processo, tanto com fornecedores quanto com os clientes, para que eles entendam a importância desse trabalho”, afirma Lauro Marins, gerente do programa CDP Supply Chain na América Latina.
A pesquisa também mostrou que as empresas que operam upstream (produtores, processadores e comerciantes) tendem a assumirem mais compromissos do que suas parceiras downstream (fabricantes e varejistas) - e suas promessas são potencialmente mais impactantes. Os atores upstream representam apenas 26% das empresas controladas, mas 80% têm feito um compromisso, em comparação com 62% das empresas downstream.
A pesquisa também mostrou que as empresas que operam upstream (produtores, processadores e comerciantes) tendem a assumirem mais compromissos do que suas parceiras downstream (fabricantes e varejistas) - e suas promessas são potencialmente mais impactantes. Os atores upstream representam apenas 26% das empresas controladas, mas 80% têm feito um compromisso, em comparação com 62% das empresas downstream.
Além disso, o estudo evidencia que a divulgação atual é insuficiente, uma vez que as empresas só têm relatado progresso quantificável em um de cada três compromissos. Mesmo entre compromissos cujas datas-chave já passaram, as empresas têm revelado progressos em menos da metade.
Veja o Sumário Executivo do “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestation-free Supply Chains, 2016” na íntegra: http://bit.ly/28IQQSK
Fonte: Sandro Silva
Veja o Sumário Executivo do “Supply Change: Tracking Corporate Commitments to Deforestation-free Supply Chains, 2016” na íntegra: http://bit.ly/28IQQSK
Fonte: Sandro Silva