Chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2 é quase nula



                                   


Um chuveiro ecológico criado pelo mecânico Mauro Serra promete impacto menor nas fontes de água e energia e no bolso do consumidor. O produto, que usa gás para o aquecimento, gera economia de 1.000% em energia em relação ao similar elétrico.

De pequeno porte, o chuveiro pode ser instalado em qualquer local, como residências, acampamentos, campings, trailers, embarcações, pesqueiros e até pendurado em uma árvore.

O equipamento funciona por gravidade e pode ser alimentado, por exemplo, por uma garrafa PET.

Há dois anos, a novidade rendeu ao inventor e à mulher, a engenheira mecânica Jorgea Corrêa, o Prêmio Brasil de Meio Ambiente, concedido pelo Jornal do Brasil, com Apoio da Petrobrás e Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), na categoria Pequena e Micro Empresa.

Em 2008, o casal decidiu abrir a empresa ATA – ÁguaTerraAr, em Parati  (RJ), para vender o produto. A produção começou com quatro chuveiros e faturamento mensal médio de R$ 1,2 mil.

Hoje, a empresa produz 40 peças por mês, vendidas por R$ 345,00 cada uma. O faturamento mensal pulou para R$ 10,3 mil.

Feito de cobre, alumínio, aço inox e ferro fundido, o chuveiro ecológico não consome eletricidade e a emissão de CO2 é quase nula. A regulagem da temperatura é feita pelo usuário, que pode variar do morno ao muito quente. O acendimento é manual, com fósforo, ou automático.

Benefícios:

A economia de 1.000% no gasto com energia é possível porque o custo de manter o chuveiro a gás ligado é de R$ 0,53 por hora. Um similar convencional, aquecido a energia elétrica, custa R$ 5,30 para aquecer a água, no mesmo período.

O chuveiro ecológico pesa 3,2 kg. Não há necessidade de nenhuma obra para a instalação e não precisa de bateria ou pilha para o funcionamento do equipamento.

De acordo com a engenheira Jorgea, o aparelho consome no máximo 120g/h de gás, o que equivale a um quarto do consumo dos aquecedores convencionais.

“Um botijão de 13 kg dura, em média, de 120 a 150 dias com banhos diários de uma hora. E cada botijão equivale a dez árvores de médio porte em termos de produção energética. Seu uso evita a queima, no Brasil, de 3,5 bilhões de árvores por ano”, contabiliza.

Jorgea conta que para alavancar o negócio procurou o Sebrae e hoje já vende o produto para dez estados brasileiros.

“A instituição foi fundamental para o crescimento da minha empresa. Estamos com quatros novas invenções no forno para colocar no mercado”, adianta.



Fonte: Sebrae