Idealizado pela mestre em Agricultura no Trópico Úmidodo programa de pós-graduação do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) Bianca Galúcio, em parceria com a coordenadora Francisca Pereira, o tema Escola Verde: educação com os "pés na terra" tem como objetivo despertar os alunos para a vocação científica com temas de interesse próprio como a merenda escolar, uma vez que os produtos cultivados sem agrotóxicos enriquecem a alimentação na escola.
“O objetivo é o despertar científico, proporcionar a visão sobre o que é ciência e pesquisa, mostrar que essa ciência está perto deles, no dia-a-dia”, ressaltou Galúcio.
Famoso por ser a terra da laranja e detentor de famosos cafés regionais, o município vem se destacando também na educação. O tema "Escola Verde: educação com os pés na terra" foi o primeiro abordado pelos alunos de ensino fundamental e médio da cidade, isso quase dez anos atrás.
De lá pra cá muitos alunos já passaram por essa escola, entre eles os pais, amigos e demais familiares dos estudantes que aprovaram e apoiaram a iniciativa. Quando questionada sobre o número de alunos e voluntários que já passaram pelo projeto, a coordenadora Francisca Pereira responde enfática“mais de 500”.
Apesar de o município possuir três temas aprovados, o diferencial está na união entre jovens e coordenadores que tem como assunto central a horta orgânica da Escola Rio Preto da Eva.
São 15 bolsistas e mais de 40 voluntários que juntos pesquisam, investem e aprendem mais sobre como construir uma horta e a importância de comer alimentos saudáveis tanto na escola quanto em casa.
Os jovens conseguiram transpor os muros da escola e virar referência em qualidade de vida e alimentação saudável. Realizaram oficinas e palestras sobre reaproveitamento de alimentos e técnicas de elaboração de receitas saudáveis para merenda escolar.
Mas não foram apenas os jovens que viraram referência, a ideia que tem como líder a professora Francisca, passou a ser cobiçada também nas escolas municipais e hoje está presente nas 10 escolas da prefeitura.
Participando pela segunda vez do Escola Verde, o estudante Luan Viana começou como voluntário e conta a importância do projeto para a educação escolare sua experiência na participação.
“No início eu não sabia nem regar, tenho planta em casa, mas elas sempre morriam e eu não sabia o motivo. Participei dos cursos e hoje eu sei para que servem os fertilizantes, o melhor jeito de plantar. Ajudar os outros e passar o conhecimento que eu aprendi com o Escola Verde está sendo muito bom, eu consigo transmitir o que eu aprendo”, descreve Viana.
O professor de biologia Mateus Gonçalves aprovou pela primeira vez o projeto Minhocultura e Compostagem, trabalhando com os demais coordenadores a Horta Orgânica da Escola Estadual Rio Preto da Eva.
Apesar de ser o primeiro ano coordenando projetos, o professor da rede pública já teve o seu primeiro contato com o PCE anos atrás.
“Tive a satisfação de ter um filho bolsista do PCE ainda na primeira edição do Escola Verde aqui no município, hoje ele é estudante de gastronomia”.
Fonte: INPA / Jamyly Macêdo